As três vidas de Pavlik Morozov
Por Fernando Días Villanueva
O jovem Pavlik se converteu em uma celebridade nacional. O governo o declarou mártir e promoveu seu culto cívico mediante estampas e cartazes que enfeitaram as paredes de todo o país. Erigiram-se estatuas do menino herói e muitos colégios e centros juvenis adotaram seu nome. Inaugurou-se um museu dedicado à sua pessoa em Sverdlovsk (atual Yekaterinburgo), capital de seu estado natal, ao qual peregrinavam grupos de jovens do Partido para comprar souvenires e tirar fotos numa réplica da sala de aula em que o menino tinha estudado.
Crianças de todas as escolas escreviam poemas sobre o acontecido, poemas que mais tarde competiram em certames celebrados. Chegou-se mesmo a se compor uma ópera sobre a epopeia trágica, que foi muito representada. Sergei Eisenstein dirigiu um filme, “O Prado de Bezhin”, inspirado em sua história. Curiosamente, o filme nunca chegou a ser lançado porque as autoridades acharam que o diretor tratava as personagens hostis ao regime com uma luz muito favorável.
Do Libertad Digital.
Tradução: Jorge Nobre
Publicado no blog da Juventude Conservadora da UnB.
Arquivo MSM. Publicado em 22 de junho de 2012.
[…] “Pavlik Morozov se converteu em um herói de um dia para outro por denunciar seu pai à polícia secreta e foi apresentado como exemplo a ser imitado pela juventude soviética. ( ver https://midiasemmascara.net/as-tres-vidas-de-pavlik-morozov/)”. […]