A mídia pode levar à loucura: o caso dos leitores do New York Times

Por Dennis Prager

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No último fim de semana, Maureen Dowd, colunista do New York Times, acrescentou outra coluna à miríade de artigos irracionais e histéricos sobre a “ameaça existencial” que a mudança climática supostamente representa para a vida humana.

Como sempre faço depois de quase todas as matérias que leio na internet, li os comentários dos leitores.

Um desses comentários me levou a uma epifania. Foi enviado pela leitora do The New York Times “Sophia”, de Bangor, Maine:

“Tenho uma filha que, aos 8 anos de idade me disse que nunca teria um filho por causa do aquecimento global. Hoje ela tem 34 anos e nunca mudou de ideia. Portanto, não terei um neto. Por sua sabedoria, sou grata. Eu ficaria triste se tivesse um neto que teria que enfrentar o ataque da mudança climática. ”

É difícil imaginar prova maior do poder da mídia de massa e da esquerda do que esse comentário. O fato de uma mulher normal celebrar a escolha de sua filha de não ser mãe e de não fazer dela avó só pode ser descrito como coisa de gente enlouquecida. Nenhum ser humano de pensamento normal pensaria dessa forma. Os judeus tiveram filhos durante o Holocausto e asseguraram-se de ter filhos se sobrevivessem ao Holocausto.

Essa mulher perturbada sabe o quão poucas pessoas estão morrendo devido a incidentes relacionados ao clima na era do aquecimento global?

O estatístico e economista dinamarquês Bjorn Lomborg observou na semana passada:

“Nos últimos cem anos, as mortes anuais relacionadas ao clima diminuíram em mais de 96%. Na década de 1920, a contagem de mortes por desastres relacionados ao clima era de 485.000 em média a cada ano. Na última década inteira, 2010-2019, a média foi de 18.362 mortos por ano, ou seja, 96,2% menor.”

“No primeiro ano da nova década, 2020, o número de mortos foi ainda menor, de 14.893—97 por cento menor do que a média da década de 1920″.

“A estimativa preliminar de mortes em 2021 relacionadas ao clima é de 5.569, ou 98,9% menor do que na década de 1920.”

“O mais recente estudo da Lancet sobre mortes por calor e frio mostra que o frio “supera enormemente” o calor e que o clima na verdade reduziu dramaticamente (o número de) total de mortes”.

Obviamente, nada disso importa para Sophia – porque ela depende do The New York Times (e provavelmente da NPR e da CNN) para entender mundo.

Para mais provas do quão perturbados estão muitos leitores do New York Times – e leitores do Washington Post, telespectadores da CNN e ouvintes da NPR – porque confiam nessas fontes para estabelecerem sua compreensão do mundo, aqui estão algumas respostas ao comentário de Sophia, de outros leitores do New York Times:

Rothman, cidade de Nova York: “Concordo totalmente. Tenho seis netos e choro por dentro pela vida calamitosa que os aguarda.”

Ida Martinac, de Berkeley, Califórnia: “Choro com você, Sophia. Sempre que olho nos olhos da minha filha de 11 anos, sinto muito, além da culpa por trazê-la a este mundo agonizante. ”

Liberal, Texas: “Eu sinto sua dor. Eu tenho 2 filhos. Nenhum dos dois terá filhos e suas esposas concordam. Eu nunca terei netos. Mas também percebo que suas decisões foram de alguma forma moldadas por mim. Estou orgulhoso por terem tomado tal decisão.”

Liz, de Portland: “Francamente, sendo alguém que tem se preocupado com a mudança climática, e observando o que está acontecendo nos últimos dez anos com pavor real, não entendo por que alguém nos últimos dez anos teria um filho voluntariamente.”

CC, Sonoma, Califórnia: “Minha filha única compartilha dos sentimentos de sua filha. Não terei netos. Vejo meus colegas curtindo seus últimos anos cercados por netos, e não consigo deixar de sentir um pouco de ciúme. Mas ao mesmo tempo… nossas filhas estão enfrentando o desafio. Estou orgulhosa delas.”

Marisa Leaf, Brooklyn, Nova York: “Também estou chegando a um acordo e aceitando o fato de que meu filho de 36 anos também não terá um filho – pelos motivos aí declarados. Dói para mim ver outros rapazes e moças de sua idade andando pela cidade com seus filhos. Mas eu entendo e concordo, em um nível intelectual, que é claro que tais motivos estão certos. Trazer mais crianças ao mundo hoje em dia é uma preocupação existencial. E irresponsável. Então, enquanto luto por nosso planeta, também lamento pelos netos que nunca terei. ”

O que todas essas reações alucinadas têm em comum? Como tantas pessoas que vivem na sociedade mais saudável e rica da história da humanidade aceitam tão bem a idéia de não terem netos?

A resposta é que elas sofreram uma lavagem cerebral pela mídia  – e pela universidade. Eles não leram nem ouviram nada – absolutamente nada – de cientistas e acadêmicos (como Steve Koonin da NYU, Richard Lindzen do MIT ou William Happer de Princeton, para citar apenas três) que estudaram as mudanças climáticas e descobriram que a histeria é, tanto moral como cientificamente, indefensável. Não é possível viver uma vida isolada das idéias da esquerda. Mas é extraordinariamente fácil levar uma vida isolada de todas as idéias não esquerdistas.

Então, a epifania que tive foi esta: a maioria das pessoas acreditará em qualquer coisa que a mídia de massa diga a elas. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles que receberam educação universitária. As faculdades ensinam os alunos a não questionarem, a não pensarem por si próprios e a não pensar racionalmente.

É por isso que muitas pessoas acreditam que :

o mundo está chegando ao fim;
que é bom não ter filhos ou netos;
que homens dão à luz;
que a Rússia teve um conluio com a campanha de Trump;
que Israel é um estado de apartheid;
que dormitórios só para negros em campi universitários são algo “progressista”;
que deveria haver menos policiais;
que é justo para as mulheres permitir que os homens biológicos disputem em esportes
femininos;
e numa miríade de outros absurdos.

Não há outra explicação para o que ocorre com esses leitores iludidos do The New York Times.

No entanto, concordo com eles em um ponto. Eu também apóio as decisões de seus filhos de não terem filhos. De mais tolos é que o mundo não precisa.

 

Dennis Prager, escritor, apresentador de rádio e articulista, é fundador da Prager University.

Publicado no The Epoch Times com o título “The Media Can Produce Derangement”.

Tradução: Editoria MSM

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4 Comentários
  1. Pedro. Diz

    Mas, no new York times, igual aos outros jornalões, eles não escolhem comentários?
    Eu acredito até que esses comentários nem “escolhidos” são; são falsificados por eles mesmos. Acredito eu que até aquelas noticias falsas que o jornalão desmente (checadores de fatos); são eles mesmo que inventam a mentira, para eles mesmo desmentirem.

  2. Félix Maier Diz

    AMAZÔNIA, CLIMA, NÍVEL DOS MARES

    Félix Maier

    https://www.puggina.org/fato-comentado-artigo/__5716

  3. Fabricia Diz

    Eu tenho uma irmã que pensa igual a Sophia, é uma realidade

  4. 4lex5andro Diz

    Difícil até de comentar.

    Como também asseveram os artigos publicados no IMB, o mundo nunca esteve tão próximo de erradicar a miséria, mesmo considerando seus números elevados, porém, muito menores do que no passado.

    E não só o mundo está mais rico materialmente, mas também jamais esteve com tanto acesso livre a informação, a um clique de um celular, se tem bibliotecas barsa e brittanica, que há 30 anos só se liam em bibliotecas públicas.

    Insano define.

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