Globalismo: A tecnocracia que visa dissolver nações, e o desafio ao Brasil

Por Hermes Rodrigues Nery

Foto: Emmanuel Macron, o presidente francês que já ousou dizer que “a Amazônia é nosso bem comum”, ao lado do promotor global do “Grande Reset”, Klaus Schwab,
líder do Fórum Econômico Mundial.

 

Após o impacto das medidas impostas com a instrumentalização da “pandemia” para os fins econômicos da “quarta revolução industrial”, a guerra na Ucrânia se torna um novo catalisador, que convulsiona o mundo todo à mais profunda e radical mudança das estruturas sociais.

Em meio a tudo isso, avança a agenda do poder global, para a imposição de um sistema digital de dominação mundial, o qual os tecnocratas bilionários, os que têm mais lucrado com o desarranjo que vêm fazendo, seguem consolidando, à forma de um império digital, com regras de competitividade dadas por eles próprios, cuja seleção dos mais aptos ocorre em meio a processos altamente desiguais, perversos e desumanos.

As consequências da guerra ainda são imprevisíveis e seus desdobramentos devem reforçar a nova mentalidade que visa estigmatizar o conceito de nação, para favorecer a mentalidade de que problemas locais e regionais devem ser resolvidos por respostas globais. A pandemia foi um ensaio nesse sentido. Faz parte dos objetivos dos que desejam o Great Reset, liquidar o próprio conceito de nação. A globalização dos anos 90 engendrou as condições econômicas e políticas para novas formas de ideologias opressoras, expressas no globalismo.

Nesse sistema a-social, a tendência é aumentar o fosso entre ricos e pobres, tema este abordado no livro de Christophe Guilluy, “O Fim da Classe Média – A fragmentação das elites e o esgotamento de um modelo que já não constrói sociedades”. O que os tecnocratas (especialmente do Vale do Silício e do Fórum Econômico Mundial) estão fazendo é isso: destruindo a tessitura social, para tornar as pessoas reféns da gamificação que estão empreendendo, forçando-as ao novo tipo de sociedade, quase inteiramente digital, altamente controladora por quem detém os dados das pessoas. Daí o tamanho do investimento deles no Big Data. Sabem que os dados serão o principal ativo, e quem tiver o controle dos dados, terá o efetivo poder sobre as pessoas.

Nesse processo, vemos uma “ruptura de elos”, como afirma Guilluy, “incluindo os conflituosos, entre a parte de cima e a de baixo, que continha a semente do abandono do bem comum”, e essa  “ruptura de elos”, “nos fez entrar na a-sociedade”. Se nada for feito para deter a tecnocracia globalista, eles vão destruir a sociedade por inteiro, com as consequências mais danosas e terríveis, sem precedentes na História.

Não só as pessoas, mas também as nações estão reféns e subjugadas pela volúpia do poder global. 193 países-membros da ONU enredados nisso, numa teia que vai impedindo, cada vez mais, para que haja soberania das nações e das pessoas.

obrigatoriedade da vacinação em massa, no mundo todo, foi a demonstração do ataque contra a soberania dos corpos das pessoas. Os bilionários tecnocratas decidiram tornar irrelevante o livre-arbítrio das pessoas. É óbvio que as restrições da mobilidade antecedem outras restrições, para que todos acatem acriticamente outras medidas, até que todos, extenuados, aceitem o novo totalitarismo em curso, mais perverso porque mais sofisticado.

Cada vez mais nações e pessoas (famílias e demais instituições humanas) ficam vulneráveis à lógica de um globalismo que se utiliza de possantes dispositivos tecnológicos para impor uma distopia com afã de ter tudo e todos sob controle, sem que haja chances de resistência. Por isso é preciso que estejamos atentos e atuantes para evitar que as nações sucumbam a esse processo que parece inexorável. Na verdade, o que esse 1% de tecnocratas bilionários querem é a posse dos recursos naturais, impondo restrições para o desenvolvimento de nações e pessoas, com a narrativa climática como pretexto.

agenda ambiental se presta a isso também. Mais uma vez ideologias fazendo vítimas. No caso do Brasil, por exemplo, a Amazônia ainda será um catalisador para que eles digam que é preciso uma resposta global, usando de retórica e falácias para usurpar o patrimônio brasileiro.

Vale atentar que eles já vivem dizendo em seus fóruns internacionais, que a Amazônia é “patrimônio da humanidade”, etc. Será um grande desafio aos brasileiros no presente século a lutar para evitar tal usurpação. É imprescindível e urgente e preservar a soberania das nações e de cada pessoa – a soberania dos corpos e mentes – , diante de um globalismo cada vez mais ousado.

Teremos que dar uma melhor resposta a isso, para garantir a nossa humanidade e dignidade, com lucidez e coragem.

 

Hermes Rodrigues Nery, especialista em Bioética pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, é o coordenador nacional do Movimento Legislação e Vida. – prof.hermesnery@gmail.com

Publicado no Guardiões da Nação.

 

2 Comentários
  1. Helder Diz

    No mundo do século XXI não tem mais estadistas!… Nos atuais governos, presidências, parlamentos e instituições se alternam os ditadores, populistas, oligarcas, ladrões e as marionetes do globalismo!…

  2. Jg mendes Diz

    Parabéns, professor. Análise irretocável !

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