Breve resumo do presente

Por Diogo Fontana

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Vejo muitas coisas importantes acontecendo no mundo, mas que não vem recebendo a devida atenção e não são sintetizadas em uma narrativa única. Enquanto o vulgo ludibriado ainda se banha em álcool gel e treme de medo da mais nova variante atenuada do vírus, alguns desenvolvimentos decisivos estão em curso bem debaixo do nosso nariz e em breve afetarão toda a humanidade. Conhecê-los ou ignorá-los pode ser uma questão de sobrevivência.

O mundo está esfriando
Ao contrário daquilo que pregam jornalistas, políticos, professores e celebridades, o planeta não está em vias de sofrer as consequências trágicas de um aquecimento provocado pelo homem. Com efeito, desde o ano passado já entramos num período de esfriamento que durará até meados do século e talvez nos conduza à uma mini-era do gelo. Isto é resultado do Grande Mínimo Solar, um acontecimento cíclico que ocorre a cada quatrocentos anos e que não tem relação alguma com a atividade industrial do ser humano. A cientista russa Valentina Zharkova, voz quase solitária no assunto, acredita que entre 2020 e 2053, a irradiação solar irá diminuir, o que poderá provocar uma queda de até 1.5 C° na temperatura média global. Os efeitos desse fenômeno já se manifestam nos invernos mais rigorosos e nas constantes inundações que vem afetando o hemisfério norte. A China e a Índia padecem com grandes enchentes devastadoras, mesmo flagelo sofrido por Alemanha e Canadá, ao mesmo tempo em que nevascas terríveis atingem a Inglaterra, a Suécia, a Rússia, e outros países. Tratei com mais detalhes desta questão no meu artigo Winter is Coming e remeto o leitor ao canal Adapt 2030, uma valiosa fonte de informação para se aprofundar no assunto.

O preço dos alimentos está disparando
Um planeta mais frio produz menos comida. Surge o espectro de uma grande fome de proporções nunca vistas. Há gente falando em Holodomor 2.0. A mudança no clima provocará recorrentes quebras de safra. As fortes chuvas que destruíram a infraestrutura da Colúmbia Britânica, justamente no momento em que a produção canadense de grãos seria escoada, são apenas um exemplo do que já está em curso e do que está por vir. Paralelamente, os custos de produção agrícola estão subindo, muito por conta da explosão do preço dos fertilizantes, cujo valor, em alguns lugares, aumentou em até 300%. Assim, as safras de 2022 e 2023 tendem a ser muito menores do que as mais recentes, e o preço dos principais commodities agrícolas, da soja, do trigo, do milho, da carne bovina, atingirá valores inéditos. Veremos a maior e mais rápida inflação de preço de alimentos já vista na história. É bom se preparar!

A economia vai quebrar
Tudo isso acontece quando a economia global vive as vésperas do seu derretimento. Após os seguidos confinamentos que rapinaram a classe média, e após a impressão maluca de dólares durante os últimos meses, muita gente diz que é só uma questão de tempo para que um grande crash aconteça e vejamos multidões de desempregados famintos. Ao mesmo tempo, querem desmaterializar o dinheiro; e China e Rússia se organizam para substituir o sistema monetário vigente. O dólar vai esfarelar. Um relatório do Deutsche Bank afirma textualmente: “os efeitos podem ser devastadores, particularmente para as pessoas mais vulneráveis da sociedade”. Receio que as crises de 1929 e 2008 não serão nada em comparação. Um exército de zumbis desesperados vagará pelas ruas das grandes cidades do mundo. Não imagino como conseguirão sustento quando os veículos andarem sozinhos e a 4º revolução industrial automatizar tudo, até mesmo os serviços. Viverão de esmola estatal. Não será bonito.

Aumentam os rumores de guerra
A mobilização precede a guerra como o cozimento precede a refeição. Parece que o mundo todo está em exercício militar. Não faltam focos de tensão e não faltam movimentos de tropas. A Rússia pressiona a fronteira com a Ucrânia, onde estacionou mais de 150 mil soldados. O seu protetorado, a Bielorússia, despeja muçulmanos na União Europeia e ameaça cortar o gás natural nas vésperas do inverno. A China cobiça Taiwan. E o Irã talvez esteja há poucos meses de obter a sua primeira bomba nuclear. Israel garante que os atacará primeiro. O tabuleiro de WAR começa a se delinear e as alianças entre nações ganham forma mais explícita. Falta a fagulha, o gás já espalhou-se pelo ar.

A servidão voltou
Um maldito sistema de vigilância estatal vigora na China e está se espalhando pelo mundo. Já existe e segue em acelerado desenvolvimento todo um conjunto de tecnologias distópicas aptas a transformar o ser humano num escravo. Sentimos um gostinho em 2020 quando drones patrulhavam ruas e praias europeias, prefeitos cretinos compravam câmeras de reconhecimento facial em municípios brasileiros, e o poder público estadual estimulava a delação de vizinhos. Na China, gente foi lacrada no próprio apartamento, com um código QR impresso em sua porta; na Austrália e na Argentina, fizeram campos de concentração. A infraestrutura de controle avança a passos largos. Em breve tudo será vigiado em quase todos os lugares. Haverá forças policiais nas ruas, postos de controle.

Os chineses já gozam do maravilhoso privilégio de viver assim, sob a observação de mais de 1 bilhão de câmeras, e já têm a sua vida devassada e determinada por algoritmos de inteligência artificial. E como nada é tão ruim que não possa piorar, na Europa, já tem gente burra o suficiente pra microchipar a própria mão, enquanto, nos EUA, o sr. Elon Musk, este benfeitor da humanidade, fala abertamente em implantar chips em nosso cérebro em 2022. É o pogresso! Que maravilha!

Conclusão
Tudo converge para uma década terrível, uma transformação completa da vida sobre a terra. A segunda belle époque acabou. Não vai voltar. Vem a guerra, vem a fome, veio a peste. E há gente realmente determinada em nos escravizar.

(Cada um faça o que julgar melhor com as informações que trouxe aqui.)

 

Publicado no site da Editoria Danúbio.

Diogo Fontana nasceu em Curitiba em 1980. É escritor, editor e tradutor. Publicou a novela “A Exemplar Família de Itamar Halbmann” (Danúbio, 2018). Colaborador do Mídia Sem Máscara há anos, escreveu artigos para o jornal Gazeta do Povo e para os sites Brasil Sem Medo, Estudos Nacionais e Senso Incomum. Mora em Santa Catarina com a esposa Gabriela e o filho Constantino.

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1 comentário
  1. Ana Dalgiza Diz

    Super lúcido o depoimento. Perfeito e real.

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