Em nota publicada na quinta-feira (6), em seu perfil no Facebook, o filósofo Olavo de Carvalho, fundador do Mídia Sem Máscara, observou:
O truque mais pérfido dos comunofascistas que comandam a mídia e mil e uma organizações militantes é perverter o sentido da palavra “desinformação”, aplicando-a a qualquer erro acidental ou, pior ainda, a meras imprecisões inocentes. Assim camuflam o seu próprio trabalho, que é DESINFORMAÇÃO no sentido preciso e técnico do termo, que é o de uma engenharia psicológica voltada a fins políticos deterrminados.
O Sleeping Bitch é um dos exemplos mais claros desse truque.
Exemplo. Meses atrás, baseando-me em informação do neuropatologista Beny Schmidt, afirmei que não existiam vítimas comprovadas do Covid-19. Depois o dr. Schmidt voltou atrás. Os filhos da puta me acusam, por isso, de “desinformação”.
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Olavo, em suas análises e atividade jornalística, dedicou, em quatro diferentes ocasiões, artigos inteiros ao tema da desinformação.
Para se entender o termo em sua acepção técnica, o preço de não compreendê-lo e os motivos de tantas confusões a respeito, seguem trechos desses artigos, e os links para a leitura de cada um na íntegra.
Do artigo ‘Censura e desinformação‘:
Diariamente, dez ou vinte mensagens desse tipo são enxertadas na programação de vários canais. “Enxertadas” é a palavra. São sempre frases breves, com aparência de casuais, inseridas no curso de alguma fala sobre assunto diverso, de modo a captar não a atenção do espectador, mas, precisamente, a sua desatenção. Não visam a produzir a aquisição consciente de uma informação, mas a absorção inconsciente de um hábito. Não se incorporam ao acervo de conhecimentos do espectador, mas à programação de suas reações impensadas, que, por isto mesmo, ele acaba sentindo como as mais livres e espontâneas.
Do artigo ‘O que é desinformação‘:
a desinformação (desinformátsya) consiste em estender sistematicamente o uso da técnica militar de informação falseada para o campo mais geral da estratégia política, cultural, educacional etc., ou seja, em fazer do engodo, que era a base da arte guerreira apenas, o fundamento de toda ação governamental e, portanto, um instrumento de engenharia social e política. Isso transformava a convivência humana inteira numa guerra – numa guerra integral e permanente.
Só há dois tipos de desinformação genuína, e cada um deles requer muito mais planejamento e execução cuidadosa do que o mero vício jornalístico de espalhar mentirinhas ideologicamente sedutoras.
O primeiro tipo – e, de longe, o mais importante – é aquele que tem como alvo não o público em geral, a massa ignara, e sim os homens do poder, os que tomam decisões de grande alcance. Dificilmente uma dessas criaturas se deixa orientar pelo que sai na mídia popular. Para influenciá-las é preciso colocar no seu entourage (ou conquistar mediante suborno, chantagem etc.) assessores técnicos que sejam da sua plena confiança. E mesmo estes têm de ser muito prudentes no manejo do fluxo de informações que levará seus chefes a tomar as decisões erradas, favoráveis ao inimigo que controla de longe a situação. A importância dessas operações é imensurável, muito mais do que o cidadão comum pode imaginar, e ninguém foi (e é ainda) mais hábil em manejá-las do que a boa e velha KGB (atual FSB).
Do artigo ‘A desinformação da desinformação‘:
Quando nos anos 80 o desertor da KGB, Anatolyi Golytsin, revelou ao governo dos EUA o megaprojeto estratégico com que a KGB planejava consolidar seu poder e ampliar seu raio de ação em escala mundial por meio de um engodo denominado “perestroika”, as implicações dessa informação eram óbvias e escandalosas: ela provava que os serviços de inteligência do Ocidente estavam enganados em praticamente tudo e que, movendo-se no escuro como cabras-cegas, vinham servindo de instrumentos inconscientes para a realização do mais ambicioso plano estratégico comunista de todos os tempos.
Editoria MSM