Michel Garroté, especialista em geopolítica que abandonou o laicismo e o esquerdismo radical para se tornar católico, denunciou que por trás do feroz vandalismo que abalou a Inglaterra estavam as idéias do Maio de 68.
“Há 43 anos o Maio de 68 vem apodrecendo a sociedade; já é hora de denunciar a enorme cretinice de suas idéias pseudopacifistas”, escreveu Garroté para o site Drzz.Info.
Garroté apontou também a responsabilidade moral da “Escola de Frankfurt”, socialista e freudiana, que forneceu a ideologia que está na origem da decomposição da sociedade.
Por sua parte, Melanie Phillips, do diário britânico Daily Mail, denunciou que a anarquia violenta que tomou conta de cidades inglesas não é senão o resultado muito previsível de três décadas de “experiências” de esquerda que reduziram a frangalhos quase todos os valores fundamentais da sociedade.
A família pai-mãe bem casada, o mérito na educação, a punição dos criminosos, a identidade nacional, a repressão às drogas, foram jogados ao lixo pela “intelligentsia” de esquerda, disposta a levar adiante uma transformação revolucionária da sociedade.
Aqueles que resistiam a essa ação insidiosa eram acusados de serem “conservadores de direita” e de quererem voltar a uma era de ouro mítica superada.
Nós estamos vendo agora o resultado dessa política nas cenas horríveis e sem precedentes de violência dos baderneiros, nas casas e lojas pegando fogo, na epidemia dos saques.
As causas do vandalismo não estão na pobreza, mas num desabamento moral. E o esquerdismo exacerbou essas causas. “Na verdade”, prosseguiu Melanie Phillips, “no centro de todos esses problemas está o estilhaçamento da família”.
E os governos se empenharam em destruir sistematicamente a família tradicional.
A família destruída foi premiada e encorajada pelo Estado “de Bem Estar Social” que subvencionou todas as formas anômalas de convivência.
Os absurdos anti-família foram piorados por um “multiculturalismo” segundo o qual achar que uma cultura é superior a outra – no caso a cultura inglesa sobre as culturas dos imigrantes africanos e asiáticos – seria ‘racismo’.
Assim acabou se abandonando o tecido social tradicional nacional e foi se instalando uma guerra primitiva de todos contra todos, em que os grupos mais agressivos destroem os mais pacíficos.
Segundo a jornalista, para a restauração do tecido social destruído:
– requer-se um retorno à transmissão enérgica da moral bíblica;
– “quando os responsáveis religiosos cessarem de falar baboseiras mais próprias de assistentes sociais de miolo mole e recomeçarem a defender os princípios morais que fundamentam nossa civilização;
– “quando nossos dirigentes políticos decidirem se opor à guerra cultural empreendida contra nossa civilização em vez de aquiescerem passivamente com sua destruição,
“então — e só então — poderemos começar a solucionar esta crise terrível”, concluiu Phillips no Daily Mail.
Imagem: Estudante atira pedras na polícia durante os protestos de maio de 1968 em Paris. (Gamma-Keystone – Getty Images)
Do blog Valores Inegociáveis – https://revculturalfamilia.blogspot.com/
Parabéns pelo esclarecedor texto.
O AI-5 criou a luta armada ou foi o contrário? – Por Félix Maier
http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/02/o-ai-5-criou-luta-armada-ou-foi-o.html