Fraudemia e engenharia social: Os reflexos da burrice paranóica na Educação

Por Patrícia Castro

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Boa noite, estou passando pra falar pra vocês que, infelizmente, hoje uma mãe e o filho do quarto ano da escola testaram positivo para covid-19”. Com voz fúnebre de quem recebeu doses bombásticas de informações midiáticas e acabou perdendo os neurônios,  essa era a coordenadora de uma escola particular de Goiânia ao dar seu recado “trágico” aos pais de alunos.

Ela continou: “eles estão extremamente assintomáticos (sic), ela foi fazer um café e não sentiu nem o cheiro, nem o gosto do café”. Juro que antes de ouvir “assintomáticos” eu pensei que eles estavam em estado terminal, desenganados pelos médicos. Ela continua a história “fúnebre”: “a mãe correu para fazer o exame dela e do filho e os dois deram positivo”.

Agora segue o golpe: “Então seguindo os protocolos, diante da situação atual que todos estamos vivendo, nós temos que suspender as aulas presenciais por 14 dias”. Parecia a Renata Vasconcelos, da Rede Globo, falando.

E aí ela prossegue dizendo que, apesar de todos os protocolos que eles seguem rigorosamente, tais como o uso do álcool em gel, distanciamento e a máscara, as crianças têm contato umas com as outras e, por isso elas devem fazer a quarentena de 14 dias e que, se possível, todos os pais e as crianças fizessem o teste e ficassem em casa também. Afinal, o filho deles teve contato com uma criança que está com covid-19, mesmo assintomático.

Ela termina o áudio tentando tranquilizar os pais: “não quero que ninguém se desespere, quando mandamos nossos filhos para escola, estamos correndo esse risco, inclusive quando saímos ao supermercado, padaria, shopping, enfim… 14 dias sem aula”. Essa mulher não tem capacidade de ler a realidade que ela mesma tenta descrever e está coordenando uma escola. Feliz eu ficaria se ela fosse exceção, mas assim como ela, há milhares de mulheres estúpidas que não conseguem compreender que o simples fato de uma pessoa estar com covid-19 e estar sem sintomas, significa que a doença não é tão grave para justificar 14 dias de suspensão de aulas. E ainda sugere que os pais façam quarentena.

Na cabeça lesada dessa coordenadora, se um pai de outro aluno for um médico, ele deve abandonar seus pacientes; se for um padeiro, deve deixar de produzir o pão; se for um pedreiro ou um trabalhador de indústria, não deve ir ao trabalho, já que o filho dele teve contato com um coleguinha com “teste positivo”.

Vocês percebem que um ser humano responsável por educar crianças perdeu completamente a capacidade de raciocinar? Meu sobrinho de 9 anos de idade enquanto ouvia o áudio desdenhou com um “blá, blá, blá, blá…”

O que esperar de um país em que uma criança de 9 anos de idade tem mais perspicácia do que a coordenadora da escola dele?

O que essas retardadas vão ensinar para nossas crianças?

Se a educação antes da fraudemia já era ruim, hoje a coisa ficou muito pior. Depois de meses submetidos ao medo essa gente mal formada comprou todas as ideias estapafúrdias que os militantes comunistas, travestidos de jornalistas, venderam como verdade absoluta.

Vocês acham que esses professores e coordenadores de escolas, que estão cumprindo “rigorosamente” as medidas de proteção, vão explicar para nossos filhos que a inflação que todos já sentimos no bolso é resultado dessa obediência cega e imbecil? Eles não conseguem perceber que isolamento, máscaras e vacinas pouco adiantam, mais atrapalham que ajudam, e que, pura e simplesmente, a vida é cheia de riscos, e que vale a pena encará-los pelos simples fatos de estarmos vivos.

Ela é a típica educadora moderna, politicamente correta, que mostra como é virtuosa ao proteger os pais e as crianças, suspendendo as aulas por 14 dias consecutivos. A cada dia que uma criança ou pai chegar relatando que teve contato com um “covidado”, ela suspenderá as aulas, afinal, ela zela pela vida de cada criança e de cada pai que, sozinho, não é capaz de cuidar da família.

Os engenheiros sociais conseguiram o que queriam: infantilizaram as pessoas a tal ponto que aeromoças, guardas de supermercado e zés da esquina, viraram bedéis que cuidam da sua vida já que você é um idiota incapaz de cuidar de si mesmo.

No dia em que os pais perceberem que profissionais da educação com esse perfil são absolutamente inúteis, e mais do que isso, assustadoramente nocivos a seus filhos (e à comunidade), as aulas poderão, aí sim, com um bom motivo, ficarem suspensas para sempre.

 

Patrícia Castro é esposa, mãe, e jornalista.
Telegram: t.me/apatriciacastro
Instagram: @acastropatricia

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4 Comentários
  1. Chauke Stephan Filho Diz

    Deus disse: “O número dos idiotas é infinito”.

  2. Adriana Ghis Diz

    Artigo perfeito! Parabéns! O problema é que esse tipo de “gente” é a maioria na educação!

  3. Jaime Diz

    Excelente artigo.

    Temos que “agradecer” a Paulo Freire por essa “formação” e aos espaços cedidos pelos políticos de direita; hoje colhemos o resultado desta desastrosa combinação. Mas, não é tarde para reverter a situação.

  4. Jacqueline Diz

    Patrícia, como sempre seus artigos são impecáveis!

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