“Lockdown climático”: Ecofascistas querem criminalizar a posse de carros e picapes

Por Luis Dufaur

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Os crescentes apelos por “lockdowns climáticos” para conter os fantasmas do “aquecimento global” e do CO2 recebem espaços na mídia na proporção do exagero.

“É hora de proibir a venda de picapes!”, e “Abandone totalmente a dependência de veículos particulares!” são algumas das mais recentes reivindicações verde/vermelhas, observam os editores do site especializado ‘Climate Depot’.

Davide Mastracci, do grupo ecologista canadense Passage, que se auto-descreve como “aspirante a marxista”, propôs em julho de 2021:

“Cortar drasticamente as emissões do setor de transporte é de extrema importância para uma estratégia climática de sucesso.

“Uma forma de ajudar a fazer isso é proibir a venda de picapes para todos os consumidores, a menos que sejam capazes de atender a requisitos estritos para provar que serão usadas principalmente para fins de trabalho”.

Para eles, os veículos particulares, independentemente do modelo, “colocam todos nós em perigo devido aos seus níveis de emissão (de gases tóxicos na atmosfera)”. Declaram também que “reduzir ainda mais as alterações climáticas e os acidentes rodoviários fatais é mais importante do que a liberdade da empresa ou do consumidor”.

O grupo Passage se volta contra o Canadá, seu país, acusando-o de ser um dos maiores emissores de gases de efeito de estufa do mundo.

O ‘The Guardian’ jornal britânico de esquerda adota o velho raciocínio comunista contra os ricos que agora seriam os usuários de voos frequentes “super emissores” de gases de efeito de estufa.

Esses, parafraseando a retórica marxista, representam apenas 1% da população mundial, mas são responsáveis por metade das emissões de carbono da aviação em 2018, de acordo com um estudo da revista Global Environmental Change, da confraria ecologista.

Também seriam indiciáveis as companhias aéreas. Elas teriam produzido um bilhão de toneladas de CO2 mas teriam desviado US$ 100 bilhões por não compensarem os danos climáticos causados.

11% da população mundial voou em 2018 e 4% voou para o exterior. Os passageiros frequentes – os novos ricos predadores dos pobres – sobre tudo dos EUA são os que mais produzem CO2.

As emissões de aviação para servir esses ricos são maiores do que as produzidas pelos 10 países somados que lhe seguem na lista.

Esse é o grupo de elite apresentado como fazendo mal ao planeta enquanto desfruta de voos frequentes e agrava a crise climática que afeta a todos.

É a visualização em termos ecologistas da luta de classes marxista em que uma minoria de oligarcas explorar todo o povo, que sofre as consequências.

A proposta pede provocar a diminuição de passageiros aproveitando a pandemia e cortando os auxílios dos governos à aviação comercial.

Stefan Gössling, da Universidade Linnaeus, na Suécia, que liderou o estudo diz: “os ricos têm liberdade demais para projetar o planeta de acordo com seus desejos. Devemos ver a crise como uma oportunidade para enxugar o sistema de transporte aéreo”.

Mas nem tudo é pretexto tirado da natureza. Há filosofia igualitária apriorística pelo meio.

Dan Rutherford, do Conselho Internacional de Transporte Limpo, disse que a análise levantou a questão da igualdade.

“Os benefícios da aviação são compartilhados de forma mais desigual em todo o mundo”, disse, “as companhias aéreas só protegem os interesses econômicos dos ricos”.

A International Air Transport Association (Iata), que representa as companhias aéreas do mundo, se defendeu dizendo o que é evidente: “as viagens aéreas são uma necessidade para milhões”.

Também Andrew Yang, quem foi pré-candidato democrata à presidência americana, superado por Joe Biden, encarnou a tendência anti-transporte privado que cresce no seio de seu partido.

Ele defendeu eliminar a posse de carros particulares para combater a mudança climática, em fórum da MSNBC na Universidade de Georgetown, na capital americana.

“Talvez não tenhamos nossos próprios carros” até 2050 para livrar os EUA dos combustíveis fósseis, qualificando a propriedade de carros particulares de “ineficiente e ruim para o meio ambiente”.

Eles seriam substituídos por uma “frota constante de carros elétricos” que, obviamente, só o governo poderia pagar, limitando a liberdade individual e deixando o cidadão à mercê de uma burocracia de tipo estatista ou socialista.

Yang calcula que seu plano climático custaria quase US$ 5 trilhões em 20 anos e que a interdição dos carros privados forçará centenas de bilhões de dólares em investimentos em transportes coletivos supostamente sem emissões, mas estimuladores da igualdade utópica.

Como a despesa é assustadora, ele pretende justifica-la agitando medos de danos e mortes causados pelas mudanças climáticas, que nunca deixaram de acontecer na ordem da natureza.

 

Luis Dufaur, escritor, edita, entre outros, o blog Verde, a nova cor do comunismo.

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