É o comunismo, estúpido!

Por Jeffrey Nyquist.

3
Foto: Opal Tometi (à dir.), co-fundadora do Black Lives Matters, com Nicolás Maduro.
Nesta semana veio à tona que a terrorista Susan Rosenberg, presa em 1984, faz parte da diretoria de uma associação que levanta fundos para o BLM.

 

“A erosão ideológica da ordem burguesa — seja ela econômica, política, cultural ou social — virá quando se iniciarem as agressões diretas e frontais ao estado.”
Carl Boggs, Gramsci’s Marxism, p. 52

O professor Carl Boggs é um admirador de Antonio Gramsci. Como socialista, Boggs entende que a idéia do processo revolucionário depende do “desenvolvimento contínuo e orgânico das”… “classes oprimidas”. Esse desenvolvimento se guia pelos “novo tipos de participação social” que gradualmente ampliam “o domínio e o igualitarismo (e os tipos de) autoridade social não-burocráticas…”

Nos últimos dias o movimento Black Lives Matter tem funcionado como “um novo tipo de participação” por expandir o “domínio do igualitarismo”. Hoje os Estados Unidos estão desestabilizados. A estratégia comunista de dividir para conquistar alcançou seu estágio de maturidade. Há um estado progressivo de falência da autoridade, atitude de desprezo à lei e à ordem e um lapso de patriotismo.

A morte de George Floyd foi usada como catalisador. É o tipo de “evento” para o qual a organização revolucionária supracitada (Black Lives Matter) foi criada. Hoje este movimento tornou-se um poder por direito próprio.

Nada além da ignorância das multidões, a “névoa da guerra”, pode deixar o observador casual em dúvida quanto à autoria desta insurreição. Mais abalos surpreenderão aquele que não estudou as táticas comunistas. O sistema político atual falhou em dar suporte à tênue linha azul, que está prestes a se romper. Os comunistas estão triunfando.

Para piorar as coisas, os generais das Forças Armadas americanas assumiram sua neutralidade. O general Mark Milley, que é presidente do Estado-Maior, classificou os levantes e vandalismos como “política doméstica”. Ao ignorar seu dever de defender a Constituição contra “todos os inimigos, sejam externos ou internos”, Milley deturpou seu juramento de oficial, como se ele se referisse a valores igualitários. Enquanto os inimigos do país derem voz ao igualitarismo, o General Milley não os considerará como inimigos. Assim, o sinal verde foi dado: Todos os revolucionários têm carta branca para cometer quaisquer tipos de transgressões.

Pense nas 1500 residências danificadas ou destruídas na área das Cidades Gêmeas da Minnesota. Os generais americanos dizem que isso é um problema da polícia — ainda que a polícia de Minneapolis deva debandar para o lado das gangues revolucionárias armadas (ou seja, fazer policiamento comunitário).

O senador Tom Cotton, em seu artigo publicado no New York Times em 3 de junho, afirmou que “A nação precisa restaurar a ordem. As Forças Armadas estão prontas.” Mas nossos militares não estavam prontos. Os editores do New York Times foram criticados por publicar o texto de Cotton e imploraram perdão por ter capitulado ao “tom grosseiro” do senador. Eles se opuseram à afirmação de que “quadros da esquerda radical” estavam por trás dos tumultos, da violência, dos saques e da queima de propriedades. Eles disseram que, na verdade, “essas acusações eram desprovidas de materialidade e foram amplamente questionadas.”

De acordo com os editores, “o artigo (do senador Cotton) deveria ter sido submetido a mais revisões de conteúdo … ou totalmente rejeitado.” O emprego de editor do New York Times deve ser excessivamente sudorífero. O sujeito é capaz de comprovar que o sol é quente e que a água é molhada, mas lhe é impossível comprovar a presença de esquerdistas vândalos e incendiários por trás dos slogans e da retórica esquerdista. Foi por preguiça ou incompetência que os repórteres do Times não souberam das teleconferências em que os ativistas de esquerda conversam sobre cortes de energia, galões de gasolina e caixas de fósforo? (Eu soube de um jornalista conservador que ouviu essas conversas.) E qual é a teoria desses gênios do jornalismo? Que em cada uma das cidades as súcias de saqueadores foram convocados no meio da noite pela apatia política?

A negação de que haja comunistas envolvidos nas atividades revolucionárias dos últimos dias, por parte New York Times, acaba sendo outra dimensão da revolução. Neste caso, o “jornal de referência” dos Estados Unidos está ensinando ao país como ser cético em relação ao capitalismo, e não ao comunismo. Está proibido culpar a esquerda. Toda culpa é direcionada ao racismo branco estrutural, ou seja, o suposto racismo do sistema capitalista.

Não nos é mais permitido dizer que começou uma revolução comunista. Não nos é mais permitido dizer que grupos marxistas estão envolvidos numa tomada de poder; que eles estão usando temas raciais como camuflagem, “estendendo o domínio do igualitarismo”, que saquear lojas, espancar cidadãos brancos e policiais tem tudo a ver com a supremacia comunista (e nada a ver com um bom relacionamento entre as raças).

Para aqueles que estudaram o comunismo, que participaram de reuniões com comunistas, o que está acontecendo é plenamente óbvio. Ainda assim, a mídia convencional finge que eles não são comunistas. Fingem que a esquerda é inculpável. Nossos generais fingem que veem os arruaceiros. O presidente é criticado ou ridicularizado pelos governadores e prefeitos. Os comunistas são imunes ao contra-ataque porque eles já alcançaram a hegemonia do discurso igualitário na política americana. Eles seguiram o método de Gramsci.

A subversão que o comunismo infligiu à nossa cultura foi acelerada pelas feministas, pelos abortistas, pela integração dos imigrantes ilegais, pelo casamento gay, pela simpatia aos transgêneros. E agora ela avança como a inimiga da polícia e campeã dos afro-americanos. Cada uma dessas “causas”, reiteradamente, têm sido usadas para perverter o amplo flanco da civilização. É exatamente o que Boggs disse: a revolução é guiada por “novas formas de participação social” que gradualmente ampliam “o domínio do igualitarismo (e) das formas de autoridade social não-burocráticas.”

“A prioridade fundamental de Gramsci foi a transformação multidimensional da sociedade civil, que ele considerou ser a chave última para a ‘guerra do movimento,’ … pois deve haver hegemonia política antes da conquista do poder”, disse Boggs. E agora nós veremos como funciona essa conquista da hegemonia política antes da conquista do poder.

Ontem fui entrevistado por um famoso radialista que é especialista em comunismo: O Jimmy do Brooklyn. Ao explicar o significado do livro de Boggs sobre Gramsci, Jimmy disse que “ao analisar com atenção, veremos que os comunistas têm de ampliar o número de pessoas ao seu lado antes de tomar o poder.”

Segundo Jimmy, sem o suporte do número de adeptos, um pequeno quadro comunista teria de reeducar e exterminar milhões de pessoas após a tomada de poder. Portanto, é mais fácil fazer com que todos se tornem marxistas inconscientes antes. Se pessoas de todos os estilos de vida aceitarem as idéias esquerdistas e se elas não mais entendem nem sustentam os ideais dos seus pais fundadores, a revolução marchará sem nenhuma resistência respeitável.

Há tempos, os comunistas fizeram a decisão estratégica de liderar a “causa” das mulheres, negros e minorias. A idéia consistia em formar uma maioria que se opusesse ao “patriarcado branco.” Segundo Jimmy, “é como um cafetão recruta uma jovem. Ele se simpatiza com ela, oferece-lhe auxílio e ouve suas reclamações sobre seu pai. Assim que ela avalia a necessidade de ser guiada por ele, ela começa a obedecê-lo, e em breve ela se tornará uma prostituta.

“Esta é a verdadeira natureza da organização em comunidade. Eles oferecem um auxílio genuíno a essas pessoas no nível local, mas essa ajuda tem um preço.” Hoje eles estão oferecendo uma ordem alternativa sem a polícia. “Neste jogo os comunistas estão ganhando, e os conservadores são muito estúpidos para entender isso,” disse Jimmy.

Para salvar este país nós devemos começar a chamar as coisas pelo seu nome verdadeiro. Não podemos temer a retórica igualitária e não devemos permitir que eles nos intimidem. Devemos tomar o controle da nossa linguagem e falar o nome do nosso inimigo. Devemos identificar os comunistas e expor suas atividades. Se falharmos nessa tarefa, seremos derrotados.

 

Tradução: Rafael Resende Stival
http://jrnyquist.blog/

3 Comentários
  1. Leandro Tadeu Rodrigues Maia Diz

    Lá como aqui. Qualquer tentativa de sair do “politicamente correto” sofre intensa agressão da patrulha ideológica formada por nossos filhos universitários! Eles são como peixes que não vêem a água onde nadam! A retórica de esquerda, hoje, é o “consenso”.

  2. Chauke Stephan Filho Diz

    Não acho que o fogo do conflito racial precise dos comunistas como o seu carvão. O racismo é bem mais antigo do que o comunismo.

  3. […] históricas”, etc. Seus líderes são aberta e entusiasticamente neocomunistas. (Leia também ‘É o comunismo, estúpido!‘). E tudo acaba sendo impulsionado por uma falta de cultura absurda, obstinada e, vale lembrar, […]

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.