Formada em Princeton e mãe, Susan Patton considera “surpreendente” (http://www.huffingtonpost.com/susan-patton/why-i-told-female-princeton-students-to-find-a-husband_b_2988154.html) a reação ao seu artigo que aconselha as princetonianas a encontrar um marido antes da formatura. Eu não tenho dúvida alguma de que a reação é chocante para a sra. Patton, mas não é nem um pouco chocante para mim. Tenho sofrido essa mesma reação acalorada por desafiar o ‘status quo’ quando o assunto são mulheres, trabalho e família.
Mulheres modernas supostamente não deveriam falar sobre casamento, muito menos abraçar essa ideia. Elas deveriam ficar focadas em sua educação e suas carreiras e presumir que o resto da vida vai cair em seu lugar naturalmente. É tudo tão triste, uma vez que se casar e ter filhos marca o início da vida — não o fim.
Eu sei que é chique pensar sobre o casamento como algo que as mulheres fazem depois de terem curtido suas liberdades sexuais, percorrido a Trilha dos Apalaches, e mergulhado fundo em suas psiques para “encontrar a si mesmas”. Eu sei que o pressuposto é de que o homem dos seus sonhos e o casamento estão esperando prontinhos como um prêmio por toda essa busca pela própria alma. Mas, honestamente, isto não funciona assim.
No entanto, devo discordar respeitosamente da solução da sra. Patton, segundo a qual as mulheres devem encontrar seus maridos na faculdade. Um plano melhor, na medida das possibilidades de que as mulheres afinal planejem tais circunstâncias, é encontrar um marido nos cinco anos subsequentes — no caso, um homem que seja alguns anos mais velho.
A geração moderna está a anos-luz da maturidade que seus pais exibiam quando eram jovens, e isto é especialmente verdadeiro para os homens. Antigamente, os rapazes da faculdade estavam propensos a se tornar bons pais de família. Eles queriam ter relações sexuais, o que geralmente – e essa é uma das razões – significava casar. Os homens também eram respeitados como provedores e protetores da família, o que significava que eles levavam seus planos de carreira a sério.
Aqueles dias se foram. O casamento não é mais necessário para o sexo, e os homens podem viver com suas namoradas sem compromisso. Eles tampouco esperam ser o provedor único quando e se, de fato, se casarem. O resultado é que os homens levam o dobro do tempo para crescer. Eles não têm um plano de carreira claro, e fogem do casamento como o diabo foge da cruz. Eles sabem que podem constituir família mais tarde, simplesmente se casando com uma mulher mais jovem. As mulheres não têm essa opção.
Mas o aspecto mais importante da discussão é o seguinte: de todas as escolhas que as mulheres vão fazer na vida, nenhuma é tão importante quanto decidir com quem casar. Nenhuma. Estar ou não feliz em seu casamento vai ditar todo o curso da sua vida. Vai medir o fluxo dos seus dias, ser o fator determinante para o bem-estar dos seus filhos, e até mesmo colorir a sua visão do mundo. Você vai levar um casamento bom ou um casamento ruim com você aonde quer que você vá. Isto é o barômetro para todas as outras coisas que você faz.
Por que, então, incentivaríamos as mulheres a gastar todo o seu tempo e energia preparando-se exclusivamente para uma carreira? Como Patton observa acertadamente: “Foi colocado foco demais em encorajar as mulheres jovens só para a realização profissional. Eu acho que, no fundo de suas cabeças, todas elas sabem disso, mas ninguém o está dizendo.”
Eu venho dizendo isso há anos. Eu escrevi quatro livros e inúmeros artigos incentivando as mulheres não apenas a se esforçarem para abrir um amplo espaço para o casamento e os filhos, mas para abraçar esse lado da vida. HÁ MAIS VIDA PARA ALÉM DO TRABALHO. Mesmo quando o trabalho é poderoso e lucrativo, não é o suficiente.
Mas as mulheres não podem absorver esta mensagem, enquanto suas carreiras são tidas pela sociedade como sua ‘raison d’être’. Na verdade, o problema que as mulheres modernas enfrentam é duplo: como encontrar um homem maduro para se casar, e como corrigir o seu desejo de independência com o seu desejo de amor.
A resposta para a primeira parte é simples: as mulheres precisam parar de ser tão sexualmente disponíveis para os homens. Fazer os homens merecerem seu amor e seu corpo. Os homens precisam de incentivo para casar — eles não precisam se aninhar como as mulheres precisam.
A resposta para a segunda parte tampouco é complicada; é apenas diferente do que as mulheres foram ensinadas a acreditar. Noutro dia, recebi um e-mail de uma mulher chamada Alana, de 28 anos, que escreve:
“Eu amo crianças. Eu não tenho as minhas próprias e a sociedade me convenceu, sim, a fugir do lar, como você colocou. É verdade, e é triste. Agora me sinto como se eu precisasse terminar o meu relacionamento com um homem perfeitamente bom para perseguir as minhas aspirações profissionais. Por que me sinto assim, e qual é o caminho correto? Ao chegar a este ponto, o objetivo era correr atrás da minha carreira com fervor. Devo negar esses impulsos agora que sou finalmente capaz de me sustentar e de me sentir confortável com o que espero que venha a ser uma carreira significativa?”
Mulheres como Alana estão por toda parte. Eu sei disso porque eu as ouço o tempo todo, e todas elas pedem alguma versão da mesma coisa: Quando é que as mulheres poderão se sentir bem em relação ao seu desejo de casar e ter filhos?
Deixe-me então dizer uma coisa a Alana e a todas as outras mulheres por aí que estão nesse mesmo barco: Não, você NÃO deve negar o seu desejo de ninho. De construir uma família, e torná-la o centro de sua vida. Há um tempo e um lugar para tudo nessa vida.
Não a deixe passar por você.
Do Fox News.
Site da autora: http://suzannevenker.com/
Tradução: Felipe Moura Brasil