A esquerda contra as polícias: mais um episódio

Por Thiago Cortês.

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Foto: Policiais da NYPD dão às costas ao prefeito Bill De Blasio, durante funeral de um policial morto em uma emboscada que levou a acusações de que o prefeito havia contribuído para o presente clima anti-policial.

Houve um aumento perceptível de críticas contudentes contra as forças policiais por parte da esquerda. Deputados do PT e do PSOL se revezaram, nas últimas semanas, em ataques contra a Polícia. Uma das preocupações de deputados do PSOL é com o “alinhamento claro” de policiais com o “bolsonarismo”. A deputada Isa Penna vem ressaltando essa preocupação por parte do partido.

Por que tudo isso agora? Como se sabe, a esquerda brasileira é influenciada pela americana em tudo. Diversos segmentos aqui são influenciados pelos seus correspondentes nos EUA.

E a cidade de Nova York está experimentando neste momento uma greve não declarada da sua polícia, a NYPD. Circularam mensagens de texto pelos grupos de membros da NYPD pedindo que os policiais fizessem uma greve no dia 4 de julho, feriado da independência dos EUA.

Os policiais nova-iorquinos estão fartos do clima anti-polícia promovido por grupelhos como o BLM e o Antifas, com apoio de figurões da esquerda, entre eles Bill De Blasio, o prefeito de Nova Iorque.

“Os policiais de NY entrarão em greve no dia 4 de julho para deixar a cidade ter sua independência sem policiais”, disse um comunicado anônimo.

A NYPD já está reagindo contra a esquerda, usando todos os meios possíveis. Em dezembro, por exemplo, as multas por infração de trânsito caíram 94% em relação ao mesmo período de 2013. Notificações caíram 90%. Multas por estacionamento caíram 92%, e as detenções diminuíram 66%. A ação dos policiais foi descrita como uma “greve branca” pelo The New York Post.

No Brasil, os policiais que foram obrigados, por seus respectivos governadores, a agir contra a população, durante a quarentena, estão dando sinais de unificação. De acordo com o Correio Braziliense, governadores de vários estados acenderam o sinal de alerta depois de receberem avisos cifrados de que, se os policiais tiverem de escolher entre eles e Jair Bolsonaro, ficam com o presidente. Ainda segundo o Correio Braziliense, “do mais alto ao menor cargo, as PMs estão fechadas com a linha bolsonarista”. E mais: “com certeza, o índice de apoio a Bolsonaro é maior nas PMs do que na Forças Armadas”.

A esquerda já entendeu que disso tudo pode surgir uma frente nacional ampla de policiais com agenda ainda difusa, mas divergente da esquerda. Quando a direita vai perceber? Já está na hora de deixarmos de nos preocupar com os humores de militares de gabinete, e focar nos policiais.

 

Thiago Cortês, formado em Ciências Sociais, é jornalista.

 

 

1 comentário
  1. Chauke Stephan Filho Diz

    Falta-nos algo assim como uma polícia popular formada de voluntários.

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