O futuro incerto de Putin e a ameaça nuclear ao Ocidente

Por Luis Dufaur

Foto: Xi Jinping, ditador chinês, toma um drink com seu mais querido
amigo e aliado estratégico, Vladimir Putin.

Fontes próximas a Vladimir Putin consultadas pelo “The Washington Post” mostraram-se “preocupadas” com o estado psíquico atual do presidente russo que se degrada com a paralisia e o caos militar russo na Ucrânia.

Um bilionário russo que não quis se identificar falou sobre a “grande frustração que existe entre as pessoas ao seu redor” e revelou: “Putin não sabe mais o que fazer”, conforme noticiou o “La Nación”.

Outros membros do círculo íntimo no Kremlin observaram que o chefe de Estado “não sabe mais o que dizer” e “não tem plano ou estratégia” para o futuro próximo da guerra. “Ele está cada vez mais isolado e não gosta de falar com ninguém”, acrescentaram.

Eles também falarem de irritações sem precedentes em Putin pela paralisia das tropas russas em solo ucraniano: atribuindo-a a condições “extremamente difíceis”.

“A elite putinista não sabe no que acreditar e tem medo de pensar no amanhã. Em grande parte, há a sensação de que a situação é irreparável. Dependem totalmente de uma pessoa que é impossível influenciar”, finalizou uma alta fonte consultada.

Abbas Gallyamov, ex-funcionário do Kremlin que foi redator dos discursos de Vladimir Putin confidenciou que seu ex-chefe se aproxima de uma difícil decisão.

Estaria vendo cada vez mais perto o pior mal: perder o poder e o respeito do povo e de seu círculo íntimo, e quer evitar um “final trágico”, segundo o “La Nación”.

Gallyamov fez declarações replicadas pela Newsweek, antecipando que Putin pode se aposentar e escolher um sucessor antes das próximas eleições.

“Manipular as eleições é um risco muito grande. Não será reeleito porque há um sentimento de que o presidente não é mais um garantidor da estabilidade”, começou Gallyamov.

E arriscou que: “Putin pode querer evitar um fim trágico como o de Muammar Gaddafi, o ditador líbio que foi linchado por seu próprio povo e cujo corpo acabou sendo exibido publicamente”.

O ex-funcionário diz que Putin em troca pediria “garantias de segurança pessoal” e “passar o resto dos seus anos num palácio na cidade turística de Gelendzhik, no Mar Negro, mantendo o título de senador vitalício”.

E especificou: “As principais opções de quem Putin confiaria como sucessor seriam Sergei Sobyanin, o prefeito de Moscou, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin ou seu vice-chefe de gabinete Dmitry Kozak”.

Gallyamov também considera que “os chefes militares estão perdendo a paciência e poderiam tentar um golpe de estado”. “Putin está virando um ditador de segunda categoria”, destacou.

Segundo o ex-assessor de Putin “os principais líderes de opinião procuram alguém que possa ganhar a guerra… pois está cada vez clara a inutilidade de Putin”, citou “La Nación”.

Outro que ascende é Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner. “Prigozhin desacreditou por completo o regime e semeou dúvidas sobre Putin”. Esse confia em Prigozhin porque lhe fornece resultados bélicos que os generais do exército não conseguem.

Prigozhin está empurrando à morte ex-delinquentes recrutados nos cárceres russos que morrem na Ucrânia como “carne de canhão” numa enlouquecida ofensiva.

E os mercenários que retornam estão se transformando num perigo para a sociedade russa multiplicando a criminalidade.

Mas Prigozhin aspira ao poder supremo, custe o que custar.

Gallyamov, que mantém contatos importantes dentro do Kremlin, também anunciou meses atrás o projeto “Arca de Noé”, que visa “conseguir novas terras caso [Vladimir Putin] possa se sentir completamente desconfortável em sua terra natal”.

O chefe de inteligência da Ucrânia, o general Kyrylo Budanov, que foi o único a antecipar a invasão da Rússia, declara ter informações de que Putin estaria com câncer em estado terminal e que recorre a vários sósias.

“Se ele é ainda o verdadeiro Putin é uma incógnita”, disse Budanov em entrevista para “The Washington Post”.

O presidente ucraniano Zelensky pareceu confiar nessas informações em um discurso no fórum econômico em Davos, na Suíça, quando disse não ter certeza se Putin ainda estava vivo. Putin manteria vários sósias.

Por sua vez, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, ex-presidente Dmitri Medvedev, voltou a ameaçar: a derrota da Rússia numa guerra convencional pode provocar um conflito nuclear.

N. do E.: Ao mesmo tempo, Rússia e China reiteram as afinidades no nível estratégico-militar, fazendo exercícios militares conjuntos, como de costume, dessa vez em parceria com a África do Sul, numa operação que teve início nesta segunda-feira (13).


Do blog Flagelo Russo.

 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.