Sobre Olavo e sua obra: A nota de pesar do Governo Federal e o testemunho de seu autor

Por Mateus Colombo Mendes

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A minutos de celebrarmos o dia em memória do Apóstolo Paulo, com quem todo católico tem uma dívida impagável, perdemos o mestre que Deus nos deu sem que o merecêssemos, que mudou a História de um país (e isso foi o menos importante, hein), deixou um legado intelectual monumental e converteu milhões de pessoas à Fé.

Mesmo estando ainda muito longe de ser quem o Senhor me criou para ser, se hoje sou menos indigno, impuro e estúpido, devo quase tudo ao Professor Olavo de Carvalho. A você que me lê: a frase anterior bem poderia ser sua, admita. Como toda uma geração, devo ao Olavo minha conversão ao Cristo (ou seja, tudo!) e a disposição de sempre buscar a Verdade, seja nos estudos, seja na vida cotidiana – o que, no fim, é buscar a Deus.

Devo ao Professor Olavo, inclusive, a alegria de redigir a homenagem do Governo do Brasil ao Professor Olavo. Não estaríamos aqui sem ele. Não teríamos a mais mínima esperança neste país se não fosse a ação do Professor Olavo – um filósofo no sentido mais elevado do termo, mas que ainda achou tempo e disposição para ajudar esta nação em seus problemas temporais.

Aliás, relendo a nota de pesar que escrevi para o Governo, acabo de me dar conta de que, na patética limitação do que restou de sua consciência, os detratores do Professor o têm como um mero “guru político”, sendo que em verdade, se existe algo dessa ação política mais insignificante (que para o idiota é o absoluto todo da realidade), ela é um nada quando comparada à imensidão da obra de Olavo de Carvalho – como, aliás, atesta o pesar oficial, elencando parte de sua monumental obra.

Quis o Senhor que eu estivesse numa posição em que pudesse compor a mais alta homenagem oficial ao professor Olavo. Um momento que fez tudo valer a pena e me rendeu o mais lisonjeiro elogio que pude receber: “Então, no fim, coube a você escrever o necrológio do Olavo…”

“Não parar, não precipitar, não retroceder.” Para onde? Para a vida eterna, onde ele agora nos está esperando. Vá com Deus, Professor. Muito obrigado por tudo. Tudo mesmo!

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Nota Oficial – Nota de pesar pelo falecimento do Professor Olavo de Carvalho
Publicada em 25 de janeiro de 2022.

O Governo do Brasil lamenta a perda do filósofo e professor Olavo de Carvalho e manifesta seu pesar e suas condolências a familiares, amigos e alunos.

De contribuição inestimável ao pensamento filosófico e ao conhecimento universal, Olavo deixa como legado um verdadeiro apostolado a respeito da vida intelectual, com uma vasta obra composta de mais de 40 livros e milhares de horas de aulas. Entre suas inúmeras contribuições, defendeu a primazia da consciência individual; apresentou uma inédita e inigualável teoria sobre os quatro discursos aristotélicos; teceu valiosas considerações sobre o conhecimento por presença e originais análises sobre as etapas do desenvolvimento da personalidade humana; além de inúmeras outras contribuições que inspiraram e influenciaram dezenas de milhares de alunos e leitores – inclusive, levando muitos à conversão à fé, segundo incontáveis relatos.

Intransigente defensor da liberdade e escritor prolífico, o professor Olavo sempre defendeu que a liberdade deve ser vivida no íntimo da consciência individual e na inegociável honestidade do ser para consigo mesmo: “Não fingir saber o que não sabe nem fingir não saber o que sabe”, resumia assim o conceito da honestidade intelectual. Olavo de Carvalho oxigenou o debate público brasileiro e inseriu no mercado editorial do país e popularizou centenas de autores, dentre os quais se destacam Mário Ferreira dos Santos, Louis Lavalle e Viktor Frankl.

Admirado por proeminentes intelectuais, foi classificado por Roberto Campos como “filósofo de grande erudição”; segundo Jorge Amado, possuía “reconhecida competência na área da filosofia”. Para Paulo Francis, “Olavo de Carvalho vai aos filósofos que fizeram a tradição ocidental de pensamento, dando ao leitor jovem a oportunidade de atravessar esses clássicos”. E para Ives Gandra Martins, “Olavo é o mestre de todos nós”. O filósofo também foi reconhecido por grandes escritores nacionais, como Herberto Salles, Josué Montello, Ariano Suassuna, Antônio Olinto, Hilda Hilst, Miguel Reale, Bruno Tolentino e muitos outros.

“O amor não é um sentimento: é uma decisão, um ato de vontade e um comprometimento existencial profundo. Os sentimentos variam, mas o amor permanece. Quem não compreendeu isso não chegou nem perto da maturidade. É um juramento interior de defender o ser amado até à morte, mesmo quando ele peca gravemente contra você. O amor é mesmo, como dizia Jesus, morrer pelo ser amado. Quando a gente espera que o amor torne a nossa vida mais agradável, em vez de sacrificar a vida por ele, a gente fica sem o amor e sem a vida. O amor é o mais temível dos desafios, porém, quando você o conhece, não quer outra coisa nunca mais.”
Olavo de Carvalho

Secretaria Especial da Cultura
Secretaria Especial de Comunicação Social
Governo Federal

 

Mateus Colombo Mendes, aluno, seguidor, admirador e devedor do Professor Olavo, hoje secretário de Comunicação Institucional no Governo Federal do Brasil.

 

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2 Comentários
  1. Sebastião Loureiro Diz

    Parabéns Mateus, achei a nota oficial que você redigiu excelente: guardou o essencial de suas filosofia e pedagogia de vida. O Brazil, nós, seus alunos, agradecemos.

  2. olavo de carvalho Diz

    pau no cu dos ursos

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