Ideologia de gênero: o inescrupuloso ataque às nossas crianças não para
Por Patrícia Castro
“Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais,
porque dos tais é o Reino de Deus.”
Marcos 10, 14.
Muito se fala sobre ideologia de gênero, mas poucos compreendem o que de fato está por detrás dessa ideologia nefasta que nada tem a ver com a propaganda dos teóricos que a empurram sob o falso pretexto de acabar com o preconceito contra os homossexuais. O movimento LGBTQI+, ou seja lá que outra letra do alfabeto já foi acrescentado a esta sigla, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma associação criada para lutar pelos direitos dos homossexuais, mas um mega-lobby ideológico global que usa esse grupo social para satisfazer seus interesses políticos, semeando dissonância cognitiva, degradação social e e tudo o que, nos âmbitos social, cultural e político, ainda está fincado na verdade e, portanto, na realidade.
Para se ter ideia de onde pode chegar a sanha tirânica dos proponentes da ideologia de gênero, um hospital do Reino Unido implantou uma cartilha com um novo vocabulário onde o “leite materno” passou a ser chamado de “leite humano”, “mãe” virou “genitor que deu à luz”, a “maternidade” passou a ser chamado “ala de serviços natais”, tudo isso para não ferir o coração sensível das mulheres que tiveram suas mentes sequestradas pela ideologia de gênero e, por essa razão, foram levadas a crer que seu órgão genital não define o seu sexo. A ONG Stonewall, órgão da militância gayzista, está “sugerindo” as empresas e departamentos do governo britânico que substituam a palavra “mãe“ por essa expressão bizarra. Já sabemos que toda loucura desse mundo contemporâneo começa com uma “sugestão”, até virar lei e começar a perseguição àqueles que não sucumbem à violação e distorção da linguagem.
Não é de hoje que o Estado quer estender seu domínio sobre a vida das pessoas e controlar todas as áreas da vida dos cidadãos: educação, ética religião, moral. Ao longo do século XX, a Europa sofreu na pele o peso da ditadura comunista, nazista e fascista e, se atentássemos bem para a história estaríamos mais atentos para os diferentes modos de agir do grande Leviatã, que nunca abandonou a pretensão de se tornar o nosso deus, roubando nossa identidade e fazendo perecer a nossa alma e espírito.
Para refrescar a memória dos distraídos, num regime totalitário a liberdade individual é suprimida em nome do bem da coletividade. As pessoas comuns não podem mais ter propriedade privada, não têm liberdade religiosa, de ir e vir, de se expressar e até mesmo de tomar decisões quanto à sua própria saúde e a educação dos seus filhos. Nem os filhos mais pertencem aos pais, mas ao Estado que fornece a modelagem psico-comportamental necessária para que os filhos trabalhem para o partido dominante e, se necessário, entregue, aos ditadores, o próprio pai que se rebela contra o sistema.
Para implantar esse sistema ditatorial é necessário que os revolucionários, por meio do aparelhamento do Estado, e impondo sua coerção, quebrem a espinha dorsal que a eles se opõe: o cristianismo e seus valores. Como forma de solapar os valores cristãos de maneira sorrateira, no decorrer dos anos, as mulheres vêm sendo “empurradas” para o mercado de trabalho em busca de um “auto-valorização” insaciável, segurança financeira e um consumismo desenfreado. Ora, se a mulher precisa cuidar da carreira, naturalmente, alguém tem que “cuidar” dos filhos. E aí que entra o papel dos “educadores”, que antes eram conhecidos por “professores”. O nome foi mudado justamente para atender a demanda do “sistema educacional”, pois se antes, ao professor, cabia transmitir conhecimento, ao educador, compete transmitir “valores” (Leiam ‘Maquiavel Pedagogo’, de Pascal Bernardin). A pergunta é: quantos pais estão cientes de que estão levando as crianças para escolas e berçários para receberem valores que nada tem a ver com o que eles acreditam e valorizam?
A escória comuno-globalista sabe que as crianças têm sua personalidade formada até os sete anos, e por isso o conceito de “gênero” precisa ser incutido na cabecinha delas antes dessa idade, pois dessa maneira elas vão crescer sem ter noção do certo e do errado e por isso serão facilmente manipuladas. Sem ter noção da própria identidade, o direito natural, deixado por Deus, é quebrado e o “Grande Irmão” (autoridade estatal) vai dizer como viver e agir. Dessa maneira, se forma o Estado totalitário, que George Orwell descreveu muito bem em 1984, uns dos romances mais influentes do século passado, publicado em 1949, em que ele consegue transmitir perfeitamente ao leitor o sentimento de controle e opressão física e mental vivida pelo protagonista Winston Smith, o funcionário do Departamento de Documentação do Ministério da Verdade, cuja função era falsificar registros históricos, a fim de moldar o passado à luz dos interesses do Partido.
Recomendo a leitura deste clássico para que todos melhorem a percepção da realidade do mundo moderno e entendam que estamos em guerra, e é principalmente, uma guerra espiritual onde o campo de batalha é a sua mente e o inimigo disputa à sua vida e a vida dos seus filhos.
Não tenham dúvidas de que a ideologia de gênero veio para modelar a mente das nossas crianças à imagem e semelhança do anticristo, haja vista que uma vez remodeladas no nível cognitivo e comportamental, será muito difícil levá-las novamente para Cristo, pois elas estarão menos receptivas à verdade do Evangelho.
Essa ideologia é uma verdadeira fábrica de perversos, inimigos de uma sociedade civilizada. Combatê-la é um dever moral de cada pessoa honesta que habita este planeta controlado por psicopatas satânicos, que sem o menor pudor, defendem e propagam toda sorte de mentiras. Sendo Deus, Jesus certamente já previa a maldade que os inescrupulosos fariam para com as crianças quando advertiu em Mateus 18:6: “se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar”.
Patrícia Castro é esposa, mãe e jornalista.
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