Somos todos Weathermen agora
Por Diana West.
Cartaz do FBI para a captura de terroristas do grupo Weather Underground, originalmente chamado Wheatermen.
No momento, estou lendo a obra de John Castellucci “The Big Dance: The Untold Story of Weatherman Kathy Boudin and the Terrorist Family that Committed the Brink’s Robbery Murders” (A Grande Dança: a história não contada da Weatherman Kathy Boudin e da família terrorista que cometeu os assassinatos do Brink’s Robbery). Há muito a aprender sobre os Antifa e o Black Lives Matter estudando alguns de seus antepassados ideológicos e mesmo inspiradores.
Para acabar com o fascínio da facção terrorista The Weathermen por pessoas como Kathy Boudin (cujo filho Chesa Boudin é procurador público em São Francisco), Castellucci cita Bill Ayers, que criou Chesa enquanto Boudin e o pai de Chesa estavam na prisão pelos assassinatos no caso Brink’s Robbery (1981). “Temos uma tarefa: transformar-nos em ferramentas da revolução. Temos de estar dispostos a combater pessoas e a combater as coisas em nós mesmos, e a combater todos os americanos brancos – privilégio branco, racismo, supremacia masculina – – a fim de construir um movimento revolucionário “.
O que Ayers disse há meio século soa como a agenda da Antifa e do Black Lives Matter hoje, bem como com a agenda do promotor Boudin. Mas também se assemelha ao que aprendemos em nossas universidades, ao que ouvimos da mídia, ao que as mídias sociais nos bombardeiam, ao que lemos em e-mails e anúncios das grandes empresas dos EUA, e assim por diante.
Castellucci analisa: O que isso significava na prática era que os pretensos Weathermen deveriam superar problemas com sexo, drogas e violência. Eles tiveram que cometer atos violentos para provar sua masculinidade revolucionária, se envolver em homossexualidade e orgias sexuais para mostrar que não eram inibidos pela moral burguesa; usaram drogas psicodélicas para demonstrar que não tinham medo de ter suas mentes explodidas; e queriam “esmagar a monogamia” para que nenhum membro do grupo ficasse ligado a um cônjuge ou amante e, assim, os coletivos do Weathermen seriam “fortes e durões”.
Não se importe com o que os Weathermen fizeram. Não consigo pensar em descrição alguma da vida no mainstream americano, incluindo ainda os que com ele não se envolvem. Moralidade esmagada à la The Weathermen, é o cenário hoje sempre presente na existência de qualquer um.
Superar “problemas” sobre sexo, drogas e violência? Confira: desde tenra idade, as crianças americanas, e já por gerações, estão constantemente expostas ao sexo, drogas e violência em nossas “artes” pervertidas. Certamente, existem pais repressivos e reacionários que ousam interceder, mas o melhor que realmente podemos esperar é inoculação, não proteção. Homossexualidade e orgias sexuais? Confira. (Para que mais serve a faculdade?) Drogas? Confira. (Para que mais serve a escola?)
Escrita em meados da década de 80, a visão de Castellucci é necessariamente cega para o que o futuro descarado realmente guardava: “casamento” gay, historinhas para crianças contada pelo travesti, “escolha” de gênero e outros ataques marxistas ao que é tentar ser um ser humano normal. Ainda assim, as implicações são claras: se os Weathermen forçaram sua própria transformação ante uma sociedade que existia em oposição a eles, essa sociedade não resistiu ao ataque. Em outras palavras: esses terroristas podres falharam na fase violenta de sua revolução, mas isso não significa que não obtiveram sucesso. Somos todos Weathermen agora.
Castellucci continua:
… os verdadeiros motivos [por trás dessas demandas] eram justiça própria e vergonha. Os Weathermen tinham tanta vergonha de suas origens burguesas que sentiram que tinham de renunciar a seus privilégios. Eram tão rigorosos consigo mesmos nessa renúncia, que rejeitaram como falso qualquer radical que fizesse menos. Pertencer aos Weathermen era tornar-se um dos eleitos ou iluminados.
Cinquenta anos depois, alguns de nós (muitos de nós?) ficam horrorizados ao ver que milhões de americanos “burgueses” parecem concordar, isso se não se deleitarem, com alguma vergonha hipócrita chicoteada não apenas por líderes de grupos violentos, mas também por líderanças políticas, pela grande mídia, e pelas gigantes do mercado. Estamos sendo espancados, até que nos juntemos ou nos submetamos a esse mesmo grupo “eleito” dos “iluminados” – como definido pelos terroristas do Weathermen – que agora dominam a esfera pública e o mainstream social; até que nos culpemos por crimes imaginários de “privilégio” e busquemos absolvição em nossa própria extinção.
Os Weathermen e assemelhados, apesar dos seus agressivos aliados comunistas externos, a despeito do “incômodo interno” vindo da parte de seus antecessores ideológicos e frequentemente familiares, não poderiam derrubar esse país na base da violência. Eles todos, no entanto, poderiam e o subverteram desde dentro.
Diana West é uma jornalista premiada e autora de obras como ‘American Betrayal: The Secret Assault on Our Nation’s Character’ e ‘The Red Thread: A Search for Ideological Drivers Inside the Anti-Trump Conspiracy’.
Tradução: Editoria MSM