Contra a agenda anticristã da esquerda, nem um Pio
Por Elis Bobato. Publicado em 16 Janeiro 2013
Fala-se de martírio por amor à fé, mas sequer se consegue abandonar a vontade de ficar “bonito na foto” com a elite política anticristã, com César e seus acólitos.
A foto ficou ótima! O líder máximo da Comunhão Cristã Abba, Pr. Pio Carvalho, com Eduardo Ferraz (candidato a vereador em 2012 pelo PDT, socialista declarado e membro da Abba), e o prefeito Gustavo Fruet (eleito pela coligação PDT/PT), na posse da prefeitura de Curitiba no 2 de janeiro. A foto é apenas um detalhe de introdução, o que importa mesmo é analisar a situação.
Não é de hoje que as portas da Comunhão Cristã Abba estão escancaradas para políticos de esquerda. Gleisi Hoffmann, do PT, atual ministra da Casa Civil e participante ativa da campanha de Fruet, quando candidata, teve pleno apoio de Pio Carvalho e de outros líderes da Abba. O púlpito e o altar destinado à adoração acabam servindo para fins eleitoreiros, com a desculpa de que irão receber a “benção’ de Deus, porque é algo tão constrangedor que convém “espiritualizar” a situação para disfarçar a vergonha.
Tento entender que vantagem há, ou com quais princípios a Comunhão Cristã Abba e outras igrejas abrem suas portas para políticos de partidos como o PT, PDT e mesmo o PSDB, que endossam toda a agenda do chamado ‘marxismo cultural’: aborto, “gayzismo”, feminismo, eutanásia e outros posicionamentos anticristãos. E então me fica evidente o quão importante é para muitos cristãos “sair bonito na foto” e agradar a todos. Mas para tanto é necessário compactuar com o politicamente correto e com essa moral relativista (imoral) que nos tem sido imposta pela esquerda política no Brasil e em todo o mundo. E é em viver de acordo com a moral relativista que está o grande problema, porque para isto temos que deixar de lado a moral cristã, baseada nas Sagradas Escrituras. E bem sabemos que quanto a isto, não há meio termo. Não há muro, para que se possa subir e ficar em cima.
O momento que estamos vivendo é muito delicado. O plano de governo do Anticristo está pronto e se estabelecendo com muito sucesso. Estamos a poucos passos dele, pois o socialismo já está quase consumado e sua agenda cultural tem tamanha força que os cristãos ou tem aderido estupidamente a ela, ou não conseguem confrotá-la com vigor e firmeza. Já caíram na armadilha psicológica do politicamente correto. Por medo de parecerem “reacionários” ou “fundamentalistas”, abandonam o dever cristão de se posicionar publicamente em favor dos valores éticos de sua própria fé. Se alguém tem dúvidas sobre esse sistema de governo chamado socialismo ser maligno, basta observar que ele se baseia entre outras coisas, em ódio, inveja e cobiça. Ódio, porque incita a “luta de classes”, criada pelo coração doente de Karl Marx. Ódio que fica explícito e manifesto quando a esquerda observa os cristãos que resgatam, com amor e abnegação, pessoas que foram escravizadas pelo homossexualismo, cumprindo o “ide” de Cristo. Inveja, porque na ideologia socialista, se o outro tem mais que você, ele é seu inimigo e deveria dividir com você o que ele conquistou. E cobiça, porque um socialista irá criar estratégias políticas desonestas para tirar o que o outro tem. Alguma dúvida de que é um método maligno de se fazer política?
E como a igreja tem se posicionado? Ela não tem se posicionado. Ela está seguindo o fluxo do mundo, de olhos vendados enquanto ainda lhe resta algum conforto. E o caso da Abba, em Curitiba, é apenas mais um exemplo. O fato é que o esquerdismo enredou e cooptou amplos setores da igreja evangélica brasileira.
Durante a campanha para as eleições presidenciais de 2010, o pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba, Paschoal Piragine Jr. disse o óbvio sobre o PT, algo que qualquer pessoa minimamente atenta às ações da esquerda política e sua respectiva estratégia de “revolução cultural” sabe.
Um padre, Paulo Ricardo, disse palavras sábias: “a sociedade está em crise porque os líderes morais, que poderiam dar uma orientação às pessoas, estão calados. Alguém tem de pagar o preço de falar. Mesmo sabendo que, ao falar a pessoa vai sofrer o martírio dos tempos modernos.”
Fala-se de martírio por amor à fé, mas sequer se consegue abandonar a vontade de ficar “bonito na foto” com a elite política anticristã, com César e seus acólitos. E não se desce do muro imaginário, ensinando aos fiéis e membros da igreja de Cristo os verdadeiros princípios bíblicos, que têm sido tão afrontados pela moral anticristã dos socialistas.
Falta de aviso não foi: Gustavo Fruet durante a campanha mostrou-se firme apoiador do movimento gayzista, que se finge de vítima, mas que promove, com apoio de toda a mídia e de ONG’s globalistas endinheiradas, uma verdadeira caçada cultural e jurídica contra os cristãos. Eduardo Ferraz viu tudo e comentou a respeito com inúmeras atenuações e desculpas esfarrapadas e lamentáveis. E então prosseguiu firme em seu apoio à Fruet, como bom fiel ao PDT. Para Pio Carvalho nada foi perguntado, nem ele se mostrou obrigado a se pronunciar a respeito. Contra a agenda anticristã da esquerda, Pio Carvalho nunca deu um pio. Antes, “abençoou” Gleisi Hoffmann, serva fiel de mensaleiros, gayzistas e abortistas, e o novo lacaio do PT, Gustavo Fruet.
O povo também que não se engane, pois será cobrado. Cada um é responsável por si diante de Deus, cada um deve buscar a verdade, e não apenas jogar a
responsabilidade de suas decisões para seus líderes espirituais. “Maldito é o homem que confia no homem” (Jr 17:5).
Imagino a reação a esse texto da parte muitos “cristãos de esquerda”, ou por aqueles pegos de surpresa, pois não sabiam em que posição estão no cenário político do país. Então desde já deixo a pergunta, cuja resposta já é conhecida: falei alguma mentira?
“Fiz-me acaso, vosso inimigo, dizendo a verdade”? (Gl 4:16).
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