Farsa do fact-checking: médico não usou “informações falsas”, como acusou “agência” Lupa

Editoria MSM

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Para atribuírem a si mesmos o papel de guardiões e exemplos da objetividade jornalística, a patota do “fact-checking” recorre sempre a um duplo golpe no leitor desatento: afirmar a veracidade ou falsidade de algo ainda carente de certeza científica. Assim surgem as diversas checagem falsas. Parece que não se poderia esperar outra coisa: “checadores de fatos” ligados à explicitamente à grande mídia e a ONG’s com agendas cujas inclinações ideológicas são óbvias, nada fariam além de falsificar o que se entende por checagem de fatos. O “fact-checking” nasceu fake exatamente por ser cria dos verdadeiros, primeiros e supremos criadores de fake news. E com seus jornalistas se autodenominando “verificadores de fatos independentes”, farsa toda fica ainda mais risível.

Não há problema algum em noticiar opiniões ou pareceres de cientistas em questões controversas, confrontando-as e comparando-as com uma ou mais notícias. Isso é prática consagrada no jornalismo. Mas o truque sujo do “fact-cheking” é exatamente induzir o leitor a pensar que eles oferecem ali uma checagem isenta, afirmando ser mentira qualquer informação que desagrade seus operadores, para reforçar as narrativas prevalecentes na grande mídia.

O caso mais recente é da entrevista do Dr. Paulo Porto de Melo (foto) ao programa Pânico, na rádio Jovem Pan. Ele afirmou que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, teria revisado mais de 200 mil óbitos e conclusão foi de apenas 6% eram de fato mortes por Covid-19.

Em seguida, a “agência” filhote da Folha de São Paulo e da revista Piauí, a Lupa publicou: ” Médico cita informações falsas para criticar vacina (…)”. Assim argumentaram:

“Na realidade, a agência analisou os atestados de óbitos por Covid-19 e observou que, em 6% dos casos, a doença do novo coronavírus é a única causa de morte citada no documento. Nos outros 94% dos casos, outras ocorrências são mencionadas junto com a Covid-19. Isso inclui, contudo, sintomas relacionados à própria doença, como pneumonia, insuficiência respiratória, etc”.

Imaginem (concedendo que poderia ser verdade, sejamos benevolentes), jornalistas desse naipe, nessa velocidade toda, analisando atestados de óbitos. Em inglês. Já com o sanha de “refutar” o que disse por aí um especialista teimando em não aceitar a narrativa favorita da grande mídia. Mas levando em conta o título da matéria, tudo pode soar persuasivo. A impressão é a de que o médico usou dados falsos “para criticar a vacina”, atribuindo ao profissional da área motivações suspeitas. Classificando a opinião médica como “crítica”, os “checadores” já induzem o leitor a considerá-los os imparciais da situação. Tal truque manipulatório é comum e poucos percebem.

O estudo do CDC não foi o primeiro nem o único oferecer tal parecer. Morrer “de covid” e morrer “com covid” ainda é algo controverso entre os cientistas. O que torna o “fact-checking” a respeito uma confissão de burrice e picaretagem.

Já nos primeiros meses da crise do Covid-19, um estudo da Universidade de Oxford estimou em 12% as mortas efetivamente causadas pelo vírus chinês. Outro estudo, de abril, pôs em questão os critérios médicos para atestar mortes por Covid-19 ou por complicações pré-existentes. Até mesmo a revista Galileu, do Grupo Globo, publicou matéria a respeito com o título “É preciso diferenciar se Covid-19 é causa ou fato de morte, diz estudo“. O trabalho foi publicado pelo American Journal of Clinical Pathology. Dois cadáveres de pacientes foram analisados: um morreu por agravamento do quadro de Covid-19, e a outra por doença hepática pre-existente. Tal estudo poderia ” complicar a questão de até que ponto a Covid-19 está matando pessoas”, disse o autor, Sanjay Mukhopadhyay, diretor da Clínica de Patologia Pulmonar de Cleveland.

Fica evidente, portanto, que os “fact-checkers” não poderiam rotular a afirmação do Dr. Paulo Porto de Melo simplesmente como falsa. Outra mania que se consolidou nesses tempos em que o debate científico se politizou de vez e acabou sendo reduzido a mera fofoca jornalística, graças aos “checadores de fatos”, é a de desqualificar instituições, iniciativas conjuntas independentes e centros de pesquisa os quais “não teriam prestígio” entre a comunidade científica. Coisa que convence leitores desatentos, e gente superficial que quer posar de esclarecida, mas é incapaz perceber sofismas, erros e falsificações propositadas dos fatos e conceitos. Jornalistas da grande mídia não fogem muito desse perfil.

A parceria entre os “checadores” e a Big Tech (Facebook, Google, Twitter, etc.)

A parceira entre os sites de “fact-checking” operados por lacaios da mídia mainstream com redes sociais como o Facebook faz com que os usuários tenham de lidar com “alertas” sobre a confiabilidade de certos conteúdos. Mesmo a Jovem Pan teve sua postagem da matéria, cujo título era “‘Efeito colateral da vacina chinesa pode ser pior que a Covid-19’, diz neurocirurgião” recebendo o “alerta” do Facebook que tornava seu conteúdo suspeito. A acusação no link abaixo da postagem era “sem contexto”.

O título trazia aspas e o especialista disse que a vacina “pode ser pior” e não que e “é pior”. Não bastou. Os checadores sentiram o dever de desqualificar a opinião do profissional de todas as formas possíveis.“Verificadores de fatos independentes afirmam que essa informação pode enganar as pessoas”. Inseriram o já caricato botão “Entenda”. Clicando no botão, aparecia o link para falsa checagem publicada pela “agência Lupa.

Fica claro que os checadores pretendem se tornar a polícia das opiniões aceitáveis, os controladores do que os leitores devem ou não devem ler, acreditar ou rejeitar. Para isso contam com uma rede global de apoiadores endinheirados, de máfias partidárias, da esquerda acadêmica e claro, dos seus colegas e patrões da grande mídia.

(Com informações do Estudos Nacionais.)

 

1 comentário
  1. Abel Rocha Diz

    É impressionante o desserviço que presta essa mídia engajada ao globalismo..!! Desqualificar um neurocirurgião do calibre do Dr. Paulo Porto de Mello é algo inadmissível..!!

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