Passaporte sanitário, arma da máfia tecnocrata globalista
Por Hermes Rodrigues Nery
As grandes conferências internacionais da ONU, nos anos 90, gestaram o mais radical laboratório social e a mutação mais impactante e profunda da sociedade, em nível global, fazendo de 1989 a 2020 um período de interregno, mas de intensa atividade para o desmonte civilizacional da cultura ocidental, ambicionado especialmente pelas grandes fundações internacionais (dentre elas, a Rockefeller), desde o início do século 20. O investimento em biologia molecular (com planejamento a longo prazo) foi objeto de interesse da Fundação Rockfeller, cujo relatório de 1933 já apresentava estratégias para tornar a saúde pública um dos campos privilegiados para a reengenharia social desejada. Saúde Pública e Meio Ambiente (dentre outras estratégias) foram eufemismos utilizados para fazer avançar a agenda do poder global.
As duas grandes guerras mundiais já haviam produzido mudanças significativas, depois de devastação provocada por extremos ideológicos, em vários campos, inclusive nos experimentos científicos. O regime totalitário nazista, por exemplo, também fazia propaganda com apelos à “saúde da coletividade”. E sabemos no que resultou, como conta Mark Mazower:
“a saúde da coletividade implicou a segregação, a esterilização e até a eliminação, por parte do Estado, dos indivíduos mental, física ou racialmente doentes, o controle do casamento e da reprodução e violentas sanções contra quem dele discordasse”
(Continente Sombrio, p. 47, Companhia das Letras).
“Quem dissesse apenas ‘Heil’, em vez de ‘Heil Hitler’ (por acreditar que tal saudação deveria dirigir-se unicamente a Deus), podia perder o emprego por justa causa”
(Ibidem).
Um dos aspectos decisivos para o horror totalitário foi o uso das tecnologias da comunicação de massa (inicialmente com o rádio, depois a televisão), visando a homogeneização do pensamento e do comportamento humano. Depois das duas grandes guerras, a Europa não estava destruída somente em suas bases materiais, mas também moral e culturalmente, com a crescente padronização no modo de pensar e agir da população massificada pelos meios de comunicação. Nos anos 90, com a Internet, o processo de estandardização se intensificaria, propiciando as condições para o avanço da agenda do poder global.
Em 1945, Vannevar Bush escreveu seu artigo “As We May Think”, vislumbrando o poder imenso das novas tecnologias, especialmente no campo da comunicação. O memex idealizado por Vannevar Bush antecipou o conceito de internet, que somente se comprovaria eficaz no final do século 20, com dispositivos tecnológicos capazes de viabilizar um totalitarismo pior que o vivido pela Europa nos anos 1930-1940. O próprio Aldous Huxley, autor da distopia “Admirável Mundo Novo”, em entrevista de 1948, havia reconhecido que tais dispositivos técnicos permitiriam as condições para um poder imenso e abusivo, que poderia assumir proporções assustadoras e terríveis. Com poder tão desmedido, bilionários agem hoje acima das constituições do mundo, no afã por um poder global com controle total de tudo e todos.
Agenda do poder global: para uma transformação drástica e perturbadora da civilização
No final do século 20 e início do século 21, sob a égide de “um déficit ontológico e metafísico” no campo da Filosofia, os biocratas passaram a exercer, com soberba, mais influência. Já era possível utilizar o aparato tecnológico disponível para intervir, moldar e controlar a vida em suas diversas formas (a linguagem, a mente, o corpo, o comportamento humano, o trabalho, as crenças, etc.) e dar suporte técnico para os gigantes transnacionais imporem a distopia panóptica, para além do “Admirável Mundo Novo” descrito por Huxley. O horizonte pós-metafísico por onde Jürgen Habermas e outros filósofos conceberam a sua visão pragmática de mundo, propiciou o ambiente para concepções ousadas sobre o “futuro da natureza humana” e as implicações da biotecnologia sobre o sentido de ser humano numa sociedade cada vez mais dependente e controlada por dispositivos tecnológicos que reduzem as expressões naturais de humanidade das pessoas (daí a angústia e o absurdo do “The New Normal”), tornando-as reféns do cientificismo.
Foi Julie Louise Gerberding (da Merck) quem introduziu o conceito de “The New Normal” na conferência que fez em em 6 de janeiro de 2004, no Simpósio Keystone (a exemplo da Operação Dark Winter coordenada por Tara O’Toole), já desenhando cenários de medidas desproporcionais, para controle e vigilância excessiva como respostas emergenciais a situações pandêmicas.
A agenda do poder global gestada nas conferências da ONU dos anos 90, se utilizaria cada vez mais dos eufemismos “Saúde Pública” e “Meio Ambiente” para justificar mais controle sobre as pessoas (solapando as liberdades individuais e a dignidade da pessoa humana), condicionando-as a restrições desmedidas. Os governantes (em todos os níveis) também ficariam reféns do que a mídia passou a fomentar diuturnamente, com narrativas falaciosas e a imposição de falsas soluções para problemas criados por aqueles que decidiram acelerar o processo de reengenharia social, em dimensão mais profunda. Desse modo, colocaram em execução as medidas abusivas, antinaturais e desumanas, em todo o planeta, após a declaração feita pela OMS, da pandemia do coronavírus, em março de 2020.
O conceito de emergência em Saúde Pública (introduzido em 1994 pelo Center for Disease Control and Prevention – CDC) foi o instrumento legal para instrumentalizar a pandemia para os fins da “Grande Reinicialização”, ou “Grande Reset” idealizada pelo Forum Econômico Mundial, para garantir mais lucro e mais controle aos bilionários financistas da agenda. Nesse sentido, afirma Alison McDowell, a “promoção de passaportes biométricos (IDs digitais)”, visa impor
“um sistema de crédito social – semelhante ao modelo tecnocrático chinês – que pressagiará uma nova era de controle do pensamento, gerenciando, monitorando, definindo perfis punitivos e prevendo a confiabilidade dos cidadãos por meio de um sistema abrangente de punições e recompensas em um futuro que se assemelhará a um panóptico behaviorista”.
A “Grande Reinicialização” tem as propostas mais radicais de desumanização, para favorecer os interesses econômicos da 4ª revolução industrial e também a Sociedade 5.0. A Niantic é uma das empresas mais envolvidas nisso, dentre tantas outras transnacionais. Não somente as grandes empresas, mas também governos (como o Japão) trabalham freneticamente (e agora com mais pressa) para a implantação do que eles chamam de “capitalismo avatar cibernético”, com o transhumanismo, a crescente atomização (dissolução do sentido de família), a automatização da sociedade (com a Inteligência Artificial substituindo postos de trabalho) e tudo mais. O Japão vem trabalhando com afinco na execução do Projeto Moonshot, e reconhece em um de seus documentos, de que o Avatar cibernético “irá desencadear uma transformação drástica e perturbadora da nossa civilização”. Se Klaus Schwab quer ver a sua agenda concretizada até 2030, o Japão anuncia a Sociedade 5.0 até 2050. Para eles, trata-se de um processo inexorável. E estão determinados a irem até as últimas consequências, na execução de seus propósitos. Por isso é preciso, ainda em tempo, por freio a isso, começando pelo combate ao passaporte sanitário.
Hermes Rodrigues Nery, especialista em Bioética pela PUC-RJ, é o coordenador nacional do Movimento Legislação e Vida.
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E por aqui, em terra brasilis, ainda afirmam que os ching ling só querem lhe vender bugigangas porcamente falsificadas e o Foro de São Paulo não existe!
Acabei de ler 1984 . E estou abismado demais com as analogias do romance e nosso tempo.