Enviei a carta abaixo para a coluna Painel do Leitor, do Jornal A Folha de São Paulo, por conselho do meu querido amigo Zé Mario Pereira, editor da Topbooks, quando comentei um artigo de Camila Rocha denegrindo Olavo de Carvalho que ele havia me enviado. É claro que a Folha não publicou, mas aqui fica o registro. Segue o comentário:
Em artigo publicado no Ilustríssima no domingo, dia 6 de fevereiro (versão online aqui), a autora Camila Rocha não cita importantes livro de filosofia do Olavo de Carvalho (Aristóteles em Nova Perspectiva, A Filosofia e seu Inverso, etc.), não menciona as teorias dele (A teoria dos quatro discursos de Aristóteles, teoria da tripla intuição, teoria dos gêneros literários, a teoria da paralaxe cognitiva, a teoria das camadas da personalidade, etc.) , sequer as expõe provavelmente porque não leu nenhum dos seus livros, nem aqueles que cita, não argumenta em nenhum momento seus conceitos e premissas, apenas escolhe a dimensão política e o reduz a ela, assim mesmo o faz de forma tendenciosa e caricata.
Todo o texto aposta na ideia de autopromoção de Olavo de Carvalho a todo custo e na tentativa de descrevê-lo como uma figura exótica e lateral. Ela ainda omite propositalmente toda participação do Olavo de Carvalho na mídia “oficial” como O Globo, Revista Época, Revista Bravo, Jornal do Commércio, etc., porque isso estragaria a tese que defende de que ele tinha uma “estratégia retórica para atrair a mídia mainstream”, nega a hegemonia gramsciana no Brasil que é auto evidente e afirma a existência de um “gabinete do ódio”, jamais provado e identificado, numa insinuação velada, mais um rótulo que colaram nele e que foi usado e abusado na ausência de argumentação para refutá-lo. Despreza e tenta diminuir os alunos e leitores do filósofo rotulando-os de órfãos da direita para justificar o interesse deles pela sua obra, mais de quarenta livros, ignorando nomes de intelectuais, escritores e jornalistas admiradores do seu trabalho como Miguel Reale, Jorge Amado e Paulo Francis, entre outros.
Eu assisti ao debate na universidade americana e Rocha recortou um trecho sem importância em que Olavo de Carvalho foi cortês com um Suplicy idoso apresentando visivelmente problemas cognitivos.
Camila Rocha, como intelectual orgânica que é, escreveu o que lhe cabia: mais um texto desonesto que difama Olavo de Carvalho com inverdades. Somados a todos os outros (na casa dos milhares nos últimos vinte anos) pretendem difamá-lo na impossibilidade de envolver o filósofo na espiral do silêncio, que ele denunciava, método empregado pela esquerda para apagar do debate público qualquer voz discordante. Logo Camila Rocha que diz defender todas as vozes.
Aliás, hegemonia é isso, toda a mídia fez e faz isso em maior ou menor escala, assim como todo os demais componentes do estamento burocrático como as universidades, editoras, etc. É a ditadura do pensamento único que o filósofo Olavo de Carvalho, na esfera intelectual, conseguiu extinguir. Na esfera cultural há um trabalho para as próximas décadas, mas ele preparou seus alunos – e continuará preparando – para prosseguirem seu trabalho pelo resgate da alta cultura no Brasil.
Stella Caymmi é biógrafa, escritora e Doutora em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, onde lecionou. Há mais de três décadas trabalha na área cultural fazendo palestras; publicando artigos e ensaios na imprensa e no meio acadêmico; publicou também vários livros do filósofo e professor Olavo de Carvalho pela Stella Caymmi Editora em conjunto com IAL Editora – selo de Olavo de Carvalho -, nos anos 1990. Dentre seus trabalhos consta a compilação do “Diário Filosófico de Olavo de Carvalho – 2013-2015 volume 1“, recém lançado pela Vide Editorial.
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Essa pseudo-jornalista comprova que ideologia se equivale a fé cega em seita, impedindo o raciocínio objetivo.
Olavo sera p sempre um visionario.
mas visionario porque estudou demais e se preparou e nao porque achava.
O gabinete do ódio está sendo montado por seus acusadores. É só mais uma narrativa do futuro teatro genocida. A direita tem de expor ao POVO este DNA essencial da esquerda: a farsa assassina. A morte da verdade permite todos os males.