Ideologia de gênero: a natureza tirânica de uma agenda anti-humana

Por Patrícia Castro

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“Ao sufocar a sensibilidade dos nossos alunos, apenas conseguiremos transformá-los em presas mais fáceis para o ataque propagandista. Pois a natureza agredida há de se vingar, e um coração duro não é uma proteção infalível contra um miolo mole”.
C .
S. Lewis, na obra ‘A Abolição do Homem’

 

O mundo está se tornando um ambiente hostil para a humanidade e seus mais destacados atributos: o ser mais perfeito e complexo da criação está ficando sem lugar na imensidão deste planeta. Para alguns essa afirmação pode soar estranha, mas bastar prestar um pouquinho de atenção no que está acontecendo em nossa volta para percebemos que há algo muito errado acontecendo no mundo.

Em recente palestra no canal do Instituto Borborema no Youtube, o palestrante Pedro Augusto trouxe uma análise muito importante sobre a origem do poder:

“o homem é um ser social por natureza e para se desenvolver e chegar à sua capacidade máxima ele precisa viver em circunstâncias que permitam seu desenvolvimento. Viver em sociedade é uma das potências mais básicas do ser humano. E a primeira sociedade humana que existe é a família e é ela que detém todos os direitos sobre os indivíduos que estão nascendo, simplesmente, porque quem está mais próximo do problema é quem tem que resolver o problema. Dada à dimensão do conflito, os pais podem até delegar, à outra instância superior, à autoridade para resolver a demanda com seus filhos, mas essa é uma autoridade franqueada. O poder originário e natural sobre os filhos continua pertencendo aos pais”.

Uma sociedade que despreza o princípio básico de que a família é a célula originária do poder e que todos os poderes superiores são franqueados por ela terminará em tirania, que nada mais é do que uma afronta à natureza humana. E o que estamos vendo acontecer hoje? A contragosto dos pais, a ideologia de gênero está sendo levada às escolas por uma militância imbuída de destruir as famílias destruindo a identidade sexual das crianças na mais tenra infância.

Não importa se o teu filho esteja numa escola pública ou particular, a Base Nacional Comum Curricular está impregnada dessa ideologia nefasta que vai confundir e destruir a vida das nossas crianças. Seja na escola ou assistindo televisão, os pequeninos estão sendo bombardeados com essa ideologia perversa. A tirania está tão escancarada que os psicólogos que se levantam contra correm o risco de terem seus registros profissionais cassados, como já aconteceu com alguns.

A sociedade que permite que instâncias alheias à família usurpem o poder dos pais sobre os filhos já é uma sociedade anti-humana. Neste ponto, as nações de primeiro mundo rapidamente vai piorando: em 2018, em Ohio, nos EUA, um juiz tirou a custódia de uma menina biológica de seus pais depois que eles se recusaram a ajudá-la em sua “transição” para se tornar menino com suplementos de testosterona. Na Alemanha, pais são ameaçados de perder a liberdade por impedirem os filhos de assistirem aulas sobre ideologia de gênero. Na Suécia, não é diferente, em nome de se combater os “estereótipos” de gênero, ou seja, os “papéis” atribuídos pela sociedade a cada sexo, há escolas evitando o uso dos pronomes “ele” (han) ou “ela” (hon). Inventaram um termo neutro “hen”, que não existe no idioma sueco.

É essa sociedade que deixaremos para nossos filhos? Até quando vamos nos curvar ao “politicamente correto” e, para não sermos taxados de preconceituosos, vamos permitir que nossos filhos sejam confundidos? Engana-se o pai moderninho e a mãe descolada que acreditam que a ideologia de gênero quer apenas acabar com os preconceitos contra os gays. Ela almeja muito mais: os criminosos esquerdistas, pais dessa ideologia, querem preparar as crianças para pedófilos, iniciá-las na homossexualidade (sexo sem risco de gravidez) e permitir todo tipo de perversão sexual, inclusive o incesto. A vitória da ideologia de gênero significará a incriminação de qualquer oposição ao homossexualismo (crime de “homofobia”), a perda do controle dos pais sobre a educação dos filhos, a extinção da família e a transformação da sociedade em uma massa facilmente manipulada por regimes totalitários.

Patrícia Castro é esposa, mãe, e jornalista.

 

 

1 comentário
  1. Agnaldo Curvello Galdino Diz

    Muito bem elaborado o texto. E infelizmente é isso que estamos enxergando em um futuro tão próximo: a completa destruição da família. A família hoje não determina mais a educação de seus filhos, estes ficam por conta de ideologias de lunáticos, perambulando entre o abismo do sexo e da libertinagem.

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