O mundo moderno não valoriza mais o casamento como valorizavam nossos antepassados. Exemplos de casamentos infelizes não nos faltam para nos fazer pensar muitas vezes antes de querer assumir um compromisso para todo o sempre. Essa irrelevância do casamento refletiu nas leis que facilitaram o divórcio, o que logo refletiu nas estatísticas: hoje, para cada três casais que se unem em matrimônio, um termina em divórcio.
Não há como negar que a união entre duas pessoas com criações diferentes é desafiador: exige amor, decisão e renúncias, preço que o homem moderno, tão acostumado a viver para satisfazer seu próprio ego, em muitos casos, não está disposto a pagar. Sacrificam o casamento para não sacrificar o ego. Não estou querendo dizer que não há casos extremos nos quais o divórcio seja realmente o melhor caminho, ou que todos os divorciados são egocêntricos. Apenas que o casamento não tem sido mais tão valorizado como era no passado, quando um homem que tirasse uma mocinha da casa dos pais tinha a obrigação moral de cuidar dela para toda a vida. Vários são os fatores que contribuíram para essa desvalorização do casamento, mas isso é tema para outro artigo. Desta vez, tenho a pretensão de apenas defender a importância do casamento como forma de manter a sociedade saudável.
O casamento é importante porque é o começo da formação de uma família, base de qualquer civilização bem estruturada. Do casamento, nascem os filhos que são herança de Deus. Para nossa sociedade, formada pelos valores judaico-cristãos, a família é fundamental para a propagar os princípios, formar patrimônio e transmitir a propriedade. Famílias unidas e bem alicerçadas prosperam mais. Uma sociedade que valoriza o casamento com certeza é uma sociedade mais forte e melhor estabelecida.
Os que fogem do compromisso matrimonial podem alegar que o casamento é apenas um contrato, mas não foi esse o pensamento de Deus quando disse: “Deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”. O casamento é um sacramento divino e foi estabelecido por Deus tão logo criou o homem e a mulher. Poucos enxergam, que em última instância, o casamento simboliza a união de Cristo com sua noiva, a igreja.
É preciso que a igreja e, especialmente os pais, não se rendam à filosofia moderna que está destruindo o valor do casamento. Os pais devem preparar seus filhos para ser marido e pai quando crescerem. Ensiná-los a amar, guardar e prover suas famílias. Por outro lado, as mães devem transmitir os princípios de feminilidade para suas filhas ensinando-as graciosamente alegria de serem esposas e mães. O curioso é que à medida que os valores foram invertidos e cada um vive a desempenhar o papel que acha que é melhor para si, sem se preocupar com a vontade de Deus, o nível de insatisfação pessoal só tem aumentado. Prova disso são os consultórios de psicólogos, psiquiatras e salas pastorais estarem cada dia mais cheios, e no aumento do consumo de antidepressivos no Brasil e no mundo. As frustrações acontecem quando o homem decide andar fora do propósito para o qual foi criado.
Se os pais retomarem para si a responsabilidade de formar homens e mulheres aptos a construir famílias e a igreja reforçar os ensinamentos bíblicos a respeito da vontade de Deus com e através do casamento, quem pode lucrar com isso senão toda a sociedade?
Patrícia Castro é esposa, mãe, e jornalista.
Esse pensamento moderno, se é que podemos chamar de Pensar, contagiou até mesmo a mesmo dos pais e mães de hoje em dia, não dando nem tempo, muitas vezes, ao jovem descobrir essa importância, já que os pais não o ensinam ou doutrinam exatamente o contrário, como é meu caso.
Tenho 21 anos de idade e encontrei uma católicazinha fervorosa, que mora no sítio com sua família e ainda vivem esses princípios. Quando vi isso, sem nunca ao menos ter encontrado uma família dessas, tive um choque de realidade instantâneo. Decidi me tornar Homem na hora. Ela apareceu justamente enquanto eu fazia orações pra encontrar uma boa Mulher. Assim, decidi com ela que iríamos nos casar. Foi uma decisão muito forte, e hoje, esse casamento faz parte dos meus sonhos.
Meu pai, pelo contrário, casado há 37 anos, olha pra mim com desprezo quando digo que estou prestes a casar e desafiar todas as responsabilidades necessárias, e diz: “Não faça isso, a pior coisa que fiz foi ter casado aos 24 anos. Eu deveria ter aproveitado mais minha vida…”
Ou seja, casar, para eles, é um desperdício completo de vida. A resposta é lógica: Quem se depara com responsabilidades e foge na oportunidade de enfrentá-las é irresponsável. Principalmente quem carrega o pensamento de que ter a mais importante responsabilidade de um Homem seja “desperdiçar a vida”.
Só há Homem com uma Mulher, no melhor sentido da coisa, e vice-versa. Sem Deus, nenhum.
Vocês já devem imaginar o impacto causado no relacionamento dos meus pais por eles pensarem assim. A única explicação para mim conseguir ter driblado isso e encontrados princípios nunca ensinados pra mim (apenas eu sou católico), é a misericórdia de Deus. E o melhor presente que me deu, foi decidir que serei um bom pai de família.