Educação no Brasil: O estrago imensurável que a esquerda fez

Por Patrícia Castro

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O maior problema que o Brasil enfrenta hoje não é a política: nosso maior problema é a burrice. Aqui não importa se o sujeito formou na USP ou na faculdade da menor cidade do interior do Amapá, ele vai repetir os mesmos chavões e, mesmo que seja confrontado, vai se recusar a sair da caverna ideológica na qual foi inserido por conta da corrupção generalizada do sistema educacional brasileiro.

O jovem que valoriza o conhecimento e tem uma inteligência acima da média é freado pelas leis brasileiras. Recentemente, acompanhamos o caso jovem estudante Elisa de Oliveira Flemer, 17, de Sorocaba (SP), que precisou recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo para se matricular no curso de Engenharia Civil na Universidade de São Paulo (USP) apenas porque optou por estudar por conta própria. O homeschooling ainda não é aceito pela nossa legislação. Isso é um exemplo do descaso que o brasileiro faz do saber e do mérito individual.

E não é aceita justamente porque do o início da vida escolar até a faculdade, o aluno é bombardeado com as ideias fantasiosas da luta de classes, da “defesa das minorias”, do “politicamente correto” na linguagem e nas ações de uma forma tão vil que após duas décadas de omissões e mentiras ele não consegue mais enxergar a realidade como ela é. Em casa é mais difícil doutrinar crianças e jovens e, consequentemente, haverá menos militantes para os partidos de esquerda.

Essa militância diplomada que as universidades devolvem para a sociedade todos os anos não faz ideia do que seja uma educação de fato superior; saem arrogantes e soberbos, sem entender que o verdadeiro ensino liberta, eleva a alma, enobrece o espírito, aproxima o homem de Deus, e não o afasta, como acontece quando os estudantes absorvem as falácias das vãs filosofias. O diploma superior deveria, principalmente, ser um atestado de que o portador está pronto para servir ao próximo com seu conhecimento, mas poucos têm esse entendimento. A maioria dos pais manda seus filhos para as faculdades com o intuito de que eles saiam de lá doutores e ganhem dinheiro. Depois se surpreendem quando veem os filhos se revoltando contra Deus e contra eles, não conseguindo mais distinguir o certo do errado a ponto de tomarem a defesa de bandidos e votarem em comunista ladrão. Na maioria das vezes, nem o sucesso financeiro chega.

Nos últimos anos, sabendo que o brasileiro preza pelo diploma de um curso superior, mas nutre um profundo desprezo pelo conhecimento, os governos de esquerda investiram em verdadeiras fábricas de diplomas no país inteiro. O resultado já estamos colhendo: há um exército de militantes arrogantes, diplomados; “carregadinhos” de direitos, mas sem a contrapartida dos deveres que um curso superior impõe. Por exemplo: um professor de Gramática deve, no mínimo, conhecer, falar e ensinar corretamente a língua; o de Literatura tem a obrigação de ter lido os clássicos da literatura brasileira e da nossa civilização ocidental. Mas isso não é exigido deles. No Brasil, quando muito, só se lê “resuminhos” ou ‘trechinhos’ de obra nas universidades.

Os problemas relacionados à má formação cultural brasileira já foram registrados em vários livros do professor e filósofo, Olavo de Carvalho. Ele atribuiu nome ao fenômeno: “O Imbecil Coletivo”, que são pessoas de inteligência normal que abdicam dessa inteligência e, para serem aceitas no meio intelectual, repetem as mesmas ideias estapafúrdias que os colegas falam e publicam. A desonestidade intelectual da elite universitária foi, também, registrada numa série de três livros que valem muito a leitura (‘O imbecil Coletivo’, ‘A Longa Marcha da Vaca para o Brejo’ e ‘O Imbecil Juvenil’), uma oportunidade de enxergar a mentira das histórias que nos contaram em toda a nossa vida. Rejeitado por muitos por conta de seus palavrões nas redes sociais, o professor Olavo já disse inúmeras vezes que não chama ninguém de “filho da puta” sem antes mostrar a mãe do cidadão no puteiro. Na obra ‘O Imbecil Coletivo’ ele literalmente desnuda a farsa das nossas classes falantes, principalmente da elite “uspiana”, e mostra que ter a razão é realmente a sua profissão.

 

Patrícia Castro é esposa, mãe, e jornalista.

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1 comentário
  1. Alan Max Diz

    Excelente artigo. Pascal Bernadin em seu “Maquiavel pedagogo” mostra que as técnicas de manipulação psicológica disseminadas pela Unesco e acatadas com subserviência quase canina em muitos países, inclusive o Brasil, são o principal meio de ação. Um argumento lógico pode ser destruído com outro argumento lógico mais elaborado; mas se a ação é psicológica e que se imiscui nos sentimentos, aí sim terá o seu efeito mais profundo; tanto mais duradouro, quanto nefasto.

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