Chris Rock ataca a cultura do cancelamento: “Na América, você tem medo de falar”

Por Abigail Streetman

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O comediante Chris Rock, celebridade esquerdista de Hollywood, é o mais novo integrante da lista dos que condenam a cultura do cancelamento. Sarah Silverman, Bryan Cranston, Bill Burr e Sharon Stone também falaram sobre os perigos de silenciar pontos de vista opostos. Talvez os esquerdistas estejam finalmente acordando para a realidade de que ninguém está a salvo dos “guerreiros da justiça social” que cancelaram o Dr. Seuss e o Pepe Le Pew.

Em uma entrevista ao Breakfast Club no dia 21 de maio, Chris Rock expressou a dificuldade que enfrenta como comediante no atual ambiente, que desestimula as pessoas a expressarem opiniões que não estão totalmente de acordo com o ponto de vista esquerdista. Embora o ator não tenha sido pessoalmente alvo da máfia – pelo menos não ainda – ele expressou a necessidade de uma comédia sem censura e os aspectos positivos de deixar alguém fracassar por conta própria.

Sobre seu posicionamento em relação à cultura do cancelamento e as frequentes tentativas de bloquear pontos de vista que não apóiam a doutrina esquerdista, Rock comentou: “É estranho quando você é um comediante porque, tipo… quando o público não ri, entendemos a mensagem. Você realmente não precisa nos cancelar porque entendemos a mensagem.” Chris Rock ainda afirmou que “[não] entende por que as pessoas sentem a necessidade de ir além disso”, acrescentando: “É, honestamente, para mim é um desrespeito. São pessoas desrespeitando o público. Tipo, ‘oh, você acha que sabe mais do que o público?’”.

Rock então discorreu acerca da necessidade de liberdade de pensamento e de se permitir que os comediantes sejam criativos com seu conteúdo, em vez de alguém aparecer e forçar os indivíduos a jogarem de forma “segura” por medo de ser a próxima vítima da máfia. “Esse não é a posição para se estar, sabe? Devemos ter o direito de falhar porque… porque o fracasso faz parte da arte. Você sabe o que eu quero dizer? É o cancelamento final.” E prosseguiu: “Mas agora você tem um ambiente no qual as pessoas têm medo de falar. Isso não é… sabe, especialmente na América, você tem medo de falar. Mas, sabe, é o que as pessoas querem, você sabe, você deve fazer ajustes.”

Apesar de celebridades de esquerda e especialistas promoverem a cultura do cancelamento e apoiarem a censura dos pontos de vista conservadores, Chris Rock parece perceber que esse movimento afeta negativamente todos os americanos.

A comédia ofensiva existe há décadas; os atos mais famosos do falecido George Carlin eram repletos de críticas e linguagem agressiva. A comédia não é para ser séria e muitas vezes não é precisa no que descreve. Felizmente, Chris Rock entende isso, e, vinte anos atrás, não teria precisado defender a experimentação em seu área.

À medida que aumenta a lista de celebridades de esquerda que se manifestam contra a cultura do cancelamento, vai ficando ainda mais óbvio que esse movimento tem uma natureza esmagadoramente destrutiva.

 

Publicado no MRC Newsbusters.
Tradução e edição: Editoria MSM

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1 comentário
  1. João Silva Diz

    A cultura do cancelamento é filha da ideologia do “politicamente correto”. E como todo esquerdista que vive em uma bolha, Chris Rock teve que sentir no bolso pra se dar conta do quanto isto é errado, violento e perverso. Se fosse coerente com seus discursos políticos, deveria tentar sobreviver no mundo da comédia/humor apenas com piadas politicamente corretas.

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