Black Lives Matter impõe aos próprios filhos confusão de gênero e esterilização

Por Marc T. Little

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Como advogado negro, ministro eclesial e líder educacional em Los Angeles, estou chocado com o engano e a manipulação psicológica dirigida a famílias negras e seus filhos a pretexto de “igualdade”. O currículo do Black Lives Matter, promovido para nossos filhos por meio do sindicato de professores e pelo Departamento de Educação da Califórnia, está doutrinando crianças negras desde a pré-escola, dizendo que “o gênero é uma escolha baseada em sentimentos ou percepções”. Uma das figuras para colorir no currículo BLM diz: “Todos têm o direito de escolher seu próprio gênero, ouvindo seu próprio coração e mente. Todos podem escolher se são uma menina ou um menino ou os dois ou nenhum ou outra coisa, e ninguém mais pode escolher por eles.” Isso gera muita confusão, especialmente para crianças pequenas.

Como advogado, vejo como eles usaram táticas linguísticas (inserindo a palavra “ou”) para anular os direitos dos pais. De acordo com as “perguntas e respostas” do AB1226 fornecidas aos distritos escolares da Califórnia, basta um “profissional de saúde” para validar a identidade de gênero de uma criança. (Pergunta 5, parágrafo 1). A idade não é um fator e nem a opinião dos pais. O Departamento de Educação da Califórnia diz que, uma vez que um trabalhador de saúde verifica a identidade de gênero de uma criança, os distritos escolares não podem questionar. Os professores devem usar o pronome preferido da criança (seja ze, hir, they, tree, xe, per, etc. [considerando que em inglês “he” é “ele” e “she é “ela”]) porque, de acordo com o Quadro de Saúde 2019 do Departamento de Educação da Califórnia e a Associação Nacional para a Educação de Crianças Pequenas (NAEYC ), os gêneros são sempre expansivos e fluidos. Aulas de flexão de gênero na pré-escola à 3ª série, endossadas pela National Educator’s Association e Association of California School Administrators, são promovidas em distritos escolares através da Campanha de Direitos Humanos.

Crianças negras são os alvos prioritários da confusão de gênero. Esses desenhos educacionais, endossados pelo Departamento de Educação da Califórnia e pelo Southern Poverty Law Center por meio do “Ensinando Tolerância”, são gratuitos e on-line, sendo usados por muitos distritos para ensino à distância. Esses desenhos elementares têm como alvo crianças negras, para que escolham gêneros “não conformes” e bloqueadores da puberdade.

Muitos pais negros acham que as aulas de diversidade do BLM valorizam as crianças negras, mas um dos principais objetivos é fazer com que questionem seu gênero. Uma vez que as crianças questionam seu gênero dizendo que não têm certeza, elas são colocadas na categoria “LGBTQ+”, porque Q significa Queer ou “Questionando”. Quando as crianças ficam “inseguras”, elas são aconselhadas por um “adulto de confiança” a “explorar” ou “experimentar” seu gênero na escola por meio da “expressão de gênero”.

Simultaneamente, enquanto nossas crianças negras aprendem conceitos de distorção de gênero, os distritos escolares formam parcerias com agências que fornecem tratamentos médicos para menores, com bloqueadores da puberdade ou terapia hormonal. Isso é feito por meio do Sistemas Multinível de Suporte via “memorandos de compreensão”. Agências como a Planned Parenthood e hospitais infantis que oferecem educação sexual ou aconselhamento em saúde mental, também fornecem serviços médicos. Isso está sendo feito em muitos condados da Califórnia sem o conhecimento dos pais.

Sindicatos de professores, que também endossam “gêneros ilimitados” e redução dos direitos dos pais, acabaram de aprovar, neste mês de janeiro, uma medida que determina que crianças devem poder obter tratamentos de mudança de sexo sem o consentimento dos pais. De acordo com as “Guidelines for the Primary and Gender Affirming Care of Transgender and Gender Non Binary People and Endocrinologists”, esses tratamentos médicos para mudança de sexo não são aprovados pela FDA, além de causar esterilização e outros transtornos de saúde. É ruim o suficiente que o aborto seja a causa número 1 de morte na América Negra, mas agora o Eugenics Negro Project de Margaret Sanger ganha nova forma ao esterilizar nossos filhos a pretexto de “justiça reprodutiva”, “equidade” e “empatia”. A parte mais triste é que os pais negros estão caindo na armadilha. A Califórnia é a incubadora da política nacional. Eis uma forma perniciosa de compaixão distorcida que ameaça a estabilidade da próxima geração e está chegando a um distrito escolar perto de você.

 

Marc T. Little é o presidente do conselho diretivo do Center for Urban Renewal and Education, que promove iniciativas de combate à pobreza no Capitólio e em comunidades urbanas. Também preside a STEM Preparatory Academy, organização de gestão de escolas públicas. É acionista da GriggsLittle, um escritório de advocacia com sede em Los Angeles, e um comentarista programas nacionais de rádio e tevê nos EUA.

Publicado no Townhall.
Tradução e edição: Editoria MSM

 

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