Foto: Multidão reunida para assistir a derrubada da última estátua de Vladimir Lenin em Ulan-Bator, capital da Mongólia, em 14 de outubro de 2012, após o prefeito Bat-Uul Erdene denunciar o líder comunista como um “assassino”.
O marxismo é, de diversas maneiras, uma usurpação e uma paródia mal feita tanto da religião cristã, como da própria civilização ocidental. O que ele fez foi tomar tudo o que nosso mundo criou e desenvolveu e reter com ele, como se ele, o marxismo, fosse o possuidor legítimo de suas qualidades.
Foi dessa maneira que ele se apropriou da linguagem cristã, de sua moral e também de seu caráter salvífico, tentando substituir o cristianismo como solução viável para as necessidades e expectativas do ser humano. E tomou para si ainda o que a própria Europa ofereceu ao mundo, arrogando-se de herdeiro de suas conquistas. Tanto que, nas palavras de Lenin, “o marxismo é o sucessor natural da filosofia alemã, da economia política inglesa e do socialismo francês”.
Formou-se assim, respectivamente, o espírito, a alma e o corpo dessa entidade maligna que surgiu para enganar o mundo com sua promessa de redenção.
Quem acha que o marxismo é apenas uma ideia, engana-se redondamente. É bem mais que isso. Ele é uma manifestação espiritual, um produto dos tempos, um filhote de um cristianismo cansado e desiludido.
Por isso, atacá-lo apenas politicamente é tão inócuo como querer derrotar um demônio a vassouradas.
O espírito marxista precisa ser encarado em várias frentes, como ideia e como força política, mas também como poder invisível e sutil, o qual se vence com palavras e força, mas também com inteligência, jejum e oração.
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Anti-religiosidade marxista
Não há comunhão entre cristianismo (e qualquer outra religião) e marxismo. E não sou em quem diz, mas os próprios pensadores marxistas, como o filósofo russo Afanassiev.
Segundo ele, a religião é uma espécie de fuga que os homens, com a sensação de impotência imposta pela exploração capitalista, promovem, na busca por salvação.
Por esse motivo, a religião seria uma deformação da realidade, afastando os indivíduos dos problemas reais. Não por acaso Marx dizia que a religião é o ópio do povo.
Na verdade, a religiosidade esmoreceria nos crentes o sentido de classe. Por isso, os marxistas deveriam dedicar-se à luta contra os resquícios religiosos.
Portanto, ainda segundo o filósofo, comunismo e religião (seja ela qual for) não podem conviver.
Se alguém, portanto, se diz cristão e socialista precisa acertar as contas com os dois lados: com Jesus e com os próprios marxistas.
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