Geopolítica pós-Covid: China pesquisa “ataques genéticos étnicos direcionados”

Por Gordon Chang

0

Pesquisadores e analistas militares chineses vêm escrevendo sobre patógenos desse tipo e as autoridades americanas estão realmente preocupadas de que cientistas chineses estejam realizando experimentos com”armas biológicas capazes de atacar certos grupos étnicos em particular”.

 

Em 27 de agosto, a Administração Biden divulgou um resumo não confidencial do relatório da comunidade de inteligência sobre as origens do COVID-19. A IC[1], referente às 18 agências de inteligência dos Estados Unidos, que só conseguiu chegar a um punhado de conclusões cabais. As agências salientaram que precisavam de mais informações, mas a esta altura o mundo já sabe o bastante para começar a penalizar exemplarmente a China.

É imperativo que os Estados Unidos e outras nações imponham tais penalidades para impedir que o Partido Comunista da China lance uma doença “mata civilização”. Sim, o Exército Popular de Libertação da China já está desenvolvendo patógenos para devastar sociedades, exceto as chinesas.

“A IC avalia que o SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, provavelmente apareceu e infectou seres humanos por meio de uma exposição inicial em pequena escala, ocorrida no mais tardar em novembro de 2019, sendo que o primeiro nicho que se tem notícia de casos de COVID-19 surgiu em Wuhan, China, em dezembro de 2019 “, segundo o resumo.

A IC acredita que “o vírus não foi desenvolvido para ser uma arma biológica”. “A maioria das agências também têm pouca convicção de que o SARS-CoV-2 não foi geneticamente modificado”, assevera o relatório resumido. Tanto uma “exposição natural a um animal infectado quanto um incidente em laboratório” são “plausíveis”.

No frigir dos ovos: “a IC continua dividida sobre a origem mais provável do COVID-19.”

“O mundo merece respostas e não vou relaxar até que as tenhamos”, salientou o presidente Biden em um comunicado juntamente com a divulgação do resumo. Digno de elogios.

No entanto, ainda falta muito. O Presidente dos Estados Unidos não precisa saber tim-tim por tim-tim para fazer acontecer. Conforme ressalta o resumo, Pequim “continua emperrando a investigação global, resistindo ao compartilhamento de informações e culpando outros países, incluindo os Estados Unidos”.

Não há justificativa para as atitudes da China. O país possui as informações, consoante com o que nos dizem as agências de inteligência, simplesmente se recusa a dividir o que sabe.

Deixar de compartilhar informações quando é de sua obrigação dividi-las já é motivo suficiente para penalizar Pequim exemplarmente, mas ainda há dois outros motivos, ambos por si só suficientes para a tomada de providências.

Primeiro, por pelo menos cinco semanas as autoridades chinesas acobertaram e depois mentiram sobre a transmissibilidade entre humanos do SARS-CoV-2, divulgaram ao mundo que o COVID-19 não era contagioso quando eles sabiam que era. Enquanto fechavam Wuhan e outras cidades, essas autoridades pressionavam outros países a aceitarem chegadas de seu país sem quaisquer restrições. Eles tinham que saber que estavam, levando tudo em conta, espalhando a doença, fazendo com que a morte de 4,5 milhões de pessoas fora da China parecesse intencional.

Segundo, os militares chineses estão debruçados sobre a próxima geração de patógenos. A Universidade de Defesa Nacional, na edição de 2017 da conceituada Ciência da Estratégia Militar, citou um novo tipo de guerra biológica de “ataques genéticos étnicos direcionados. ”

Durante a última meia década pesquisadores e analistas militares chineses vêm escrevendo sobre patógenos desse tipo e as autoridades americanas estão realmente preocupadas de que cientistas chineses estejam realizando experimentos com, segundo as palavras de Bill Gertz do Washington Times, “armas biológicas capazes de atacar certos grupos étnicos em particular.” A campanha idealizada por Pequim para coletar perfis genéticos de estrangeiros ao mesmo tempo em que impede a transferência para fora da China dos perfis dos chineses é mais um indício de que os militares chineses violam suas obrigações segundo a Convenção de Armas Biológicas, e estão construindo armas biológicas direcionadas a específicas etnias.

“Quer se considere que a China deliberada ou desacertadamente tenha deixado escapar o coronavírus aos quatro ventos, as reações coletivas do país educaram de maneira incrível o Exército Popular de Libertação da China sobre como fazer com que um possível ataque biológico se traduza em um sucesso letal”, salientou Richard Fisher, do Centro Internacional de Avaliação e Estratégia à revista American Consequences. Inúmeros analistas afirmaram que as armas biológicas não são práticas, mas o SARS-CoV-2 matou milhões, travando sociedades em todo o planeta. É, lamentavelmente, a prova definitiva do conceito.

Não deveria causar espanto o fato de Pequim ter agido com tamanha má-fé. Conforme Cleo Paskal, da Foundation for Defense of Democracies, ressaltou na mesma publicação, “o Partido Comunista da China usa uma estrutura empírica chamada Poder Nacional Abrangente (CNP) para classificar os países”. Pequim poderá se tornar o país mais poderoso do mundo, conforme classificação do CNP, aumentando o CNP da China ou diminuindo o CNP de outros.

“Os líderes chineses ao perceberem que estão com uma epidemia em suas mãos que irá reduzir o CNP da China é lógico transformar essa epidemia numa pandemia, restringindo assim a propagação interna e ao mesmo tempo não interrompendo a propagação internacional”, salientou Paskal também na Chatham House. “Assim, o CNP da China poderá diminuir, contudo o mesmo acontecerá com todos os demais países, permanecendo a classificação relativa da China inalterada, na realidade, até aumentada.”

Se os cientistas chineses conseguirem conceber patógenos que visem apenas e tão somente estrangeiros, o próximo micróbio, vírus ou germe da China poderá acabar com as sociedades não chinesas. Este será o assassino civilizacional da China comunista.

A próxima pandemia, portanto, poderá lançar a China como a única sociedade viável do planeta. O mundo, portanto, necessita de algo muito mais importante do que justiça ou indenização. Precisa de dissuasão.

Até agora, Biden mostrou pouco, via de regra nenhum interesse em responsabilizar a China. Ele ficou duas horas ao telefone com o governante chinês Xi Jinping em fevereiro e não levantou a questão da origem do vírus nenhuma vez sequer. Parece que ele ordenou a reavaliação da comunidade de inteligência em 26 de maio somente depois do alvoroço ocorrido naquela manhã causado por uma reportagem da CNN segundo a qual o Departamento de Estado havia jogado uma pá de cal em uma investigação da era Pompeo sobre a doença.

Até agora, a reação de Biden para lá de tímida, mostrou a Xi Jinping que Pequim pode, sem penalidade alguma, matar milhões de não chineses com um patógeno. Xi, a menos que se dê um basta, certamente o fará novamente.

 

Gordon G. Chang, autor de ‘The Coming Collapse of China’, é “Ilustre Senior Fellow” do Gatestone Institute, em cujo website o presente artigo foi publicado originalmente com o título “Biden deixa a China se safar com o crime do século”.

*

A mídia independente é importante demais para não ser atacada pelas grandes redes de comunicação servas do establishment. Foi denunciando a aliança criminosa entre a grande imprensa e as elites políticas , bem como promovendo uma mudança cultural de larga escala, que o jornalismo independente afirmou sua importância no Brasil.
Mídia Sem Máscara, fundado por Olavo de Carvalho em 2002, foi o veículo pioneiro nesse enfrentamento, e nosso trabalho está só começando.
Contribua, pois é estratégico que nosso conteúdo seja sempre gratuito: https://apoia.se/midiasemmascara
*
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.