Brasil: O legado que a destruição da linguagem nos deixou

Por Patrícia Castro

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Estão vendo os belezuras na foto acima? Na linguagem de nossos jornalistas, acadêmicos e “operadores do direito”,  são meros “suspeitos” ou no máximo “jovens infratores”.

 

Não é possível vencer uma guerra em que o inimigo submete o adversário a falar na linguagem criada por ele para manipulá-lo. Se quisermos recuperar o Brasil das mãos da máfia esquerdista um dos maiores desafios que precisamos enfrentar é o domínio e restauração da linguagem. Utilizando vocabulário entortado e expressões fantasiosas não sairemos dessa bolha formada após décadas de cultura marxista nas escolas, mídias e universidades. Quem domina a linguagem domina os pensamentos, e estes não existem sem uma linguagem que os expresse.

Se pararmos para observar o vocabulário que a classe política, os jornalistas, advogados e até mesmo professores estão usando, perceberemos que é uma linguagem oca, traiçoeira, amórfica, esvaziada de significado, e isso afeta diretamente as relações sociais, pois transforma a vida numa grande peça teatral, na qual delírios e fantasias prevalecem.

Não é possível dissociar a destruição da linguagem com nossa presente condição: o Brasil vive hoje uma ditadura imposta pelos ministros do STF, que há muito já ultrapassou seu poder de ser o guardião da Constituição Federal para ser o tirano que ameaça qualquer pessoa que venha questionar seu poder de deus supremo. O abuso interpretativo da Constituição perpetrado pelo STF é um dos frutos maiores da distorção cínica da linguagem, tornada hábito consagrado em nosso ambiente cultural.

Vale refletir enumerando alguns outros exemplos de palavras e expressões de significado distorcido. Repetida por pessoas incautas, “falta de empatia”, que até parece bonitinha, tem servido para alimentar um sentimento vitimista em quem recebe uma crítica. Já não se pode mais chamar a atenção para um comportamento grotesco porque alguém vai dizer que está “faltando empatia”. Quantos de nós deixamos de falar alguma coisa importante, pra não sermos julgados por essa ditadura politicamente correta que atribui crime a linguagem que expressa tão somente a verdade? Já perceberam que quando acontece um crime, a grande mídia prontamente põe a culpa em outros personagens e fatores relacionados indiretamente com o caso, e ai daqueles que “praticaram bullying” com o culpado, tido, para os esquerdistas, como “pobre vítima da sociedade”?

Numa cultura em que crimes já não importam, em que as palavras “ferem”, mas também justificam todo tipo de atrocidade, é fácil perceber a ação de ideólogos manipulando a linguagem, cerceando os pensamentos e controlando o que pode ou não pode ser dito ou publicado. O mundo que a esquerda quer para nós é denunciado na distopia 1984, de George Orwell, na qual é descrito o uso da “novilíngua”, o vocabulário insano dos esquerdistas.

E assim seguimos, todos os dias lidando com novos expressões e palavras postas em circulação para idiotizar a massa e incriminar quem ousa discordar da mídia mainstream ou do STF. Outra palavra recentemente acrescentada à novilíngua é “negacionista” que na verdade hoje é aquela pessoa resistente, que ainda não abriu mão de seu senso comum e, por isso, teme uma vacina que não teve tempo hábil para ser testada, cujos fabricantes não garantem eficácia nem assumem suas responsabilidades por eventuais efeitos colaterais. Digno de nota é que os mesmos que criaram o termo para criticar os cautelosos são os que negam ou desconversam quanto a mundialmente comprovada eficácia do tratamento precoce contra o Covid-19.

Outro exemplo: uma chacina em uma creche em que morrem bebês e mulheres a golpes de facão não ganha a comoção da imprensa, que prefere repercutir a morte de traficantes fortemente armados em confronto com a polícia. Troca de tiros com a polícia não é chacina. Morte de bandidos não é chacina. Chacina é morte de pessoas inocentes. Quando o bandido decide viver do crime ele sabe que sua vida será matar, roubar e traficar até que alguém o mate ou a justiça o prenda. Isso é o mundo real, mas a imprensa esquerdista não quer que vivamos nele.

E os casos não param por aí. Em uma total inversão da realidade, palavras como “Democracia”, “Estado Democrático de Direito”, “respeito às instituições”, que geram nas mentes um emaranhado de abstrações, são repetidas à exaustão para desviar a atenção de massa inculta de que há uma ditadura instalada no Brasil e ela não vem do presidente da República, mas de todo um establishment que faz o Brasil parecer mais um gigantesco cativeiro de reféns do crime organizado do que uma sociedade com leis e direito.

A real dimensão do problema ainda é maior do que muitos podem pensar. Percebo que tanto direitistas como esquerdistas repetem essas expressões ocas sem nada refletir sobre elas. Há como salvar o Brasil dessa ditadura, e creio que deveríamos começar por aumentar nosso vocabulário enriquecendo-o através da literatura e estando sempre atentos para não repetirmos essas novas palavras e expressões que a mídia vem massificando para controlar nosso pensamento e comportamento. O jornalista Guilherme Fiúza tem se destacado por seu domínio da linguagem. Usando um vocabulário rico e certeiro ele tem sido excepcional na transmissão de um pensamento que expressa a realidade. Escreveu um livro cujo título vende a obra: FAKE BRAZIL – A  Epidemia das Falsas Verdades.

 

Patrícia Castro é esposa, mãe, e jornalista.

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9 Comentários
  1. Joice Diz

    Texto objetivo e sem máscaras.

  2. Marcos M. Diz

    Parabéns à autora! Clara e precisa em seu diagnóstico. Que Deus nos faça acordar.

  3. Edgar A de Godoi R Pinto Diz

    Tenho tido problema em Compartilhar artigos deste Site. Há mensagem de que diz “Este arquivo não tem aplicativo associado…”

    Grato.
    10/05/2021

  4. Edgar A de Godoi R Pinto Diz

    Para contribuir com a denúncia do presente artigo (Brasil: O legado que a destruição da linguagem nos deixou), cito o sequestro que a horda esquerdista promove do termo Consciência. Para a esquerda, consciência não significa mais ter ciência de algo (com habilidade para avaliar consequências), mas sim adotar (sem habilidade de avaliar consequências) o entendimento que ela, esquerda, promove!

  5. Chauke Stephan Filho Diz

    Se Angela Merkel conhecesse as narcobelezuras que portam fuzis nos morros cariocas, ela iria levá-los para a Alemanha.

  6. André Oliveira Diz

    É urgente formarmos uma militância conservadora, limparmos nosso vocabulário e nossas almas de 50 anos de comunismo .

  7. Otoniel Gomes Oliveira Diz

    Excelente texto, preciso e verdadeiro, parabéns

  8. Regis Augusto Michalski Diz

    Pior é ouvir alguns me criticando por ter boicotado mídia e redes sociais da Big Tech alegando que os fatos acima expostos não são motivos para boicote.

  9. Elton Carlos dos Santos Diz

    Leio Mídia Sem Máscaras desde 2013!

    Até hoje é o melhor canal de informação e reflexão desde então!

    ” Outro exemplo: uma chacina em uma creche em que morrem bebês e mulheres a golpes de facão não ganha a comoção da imprensa, que prefere repercutir a morte de traficantes fortemente armados em confronto com a polícia. ”

    A completa inversão de valores da mídia!

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