Bolsonaro, “bilateralismo” e o CFR: um esclarecimento

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Por Olavo de Carvalho.

Há um pessoal aí fazendo um escarcéu dos diabos porque o Jair Bolsonaro teve uma conversa com a Shannon K. O’Neill, do Council on Foreign Relations, e disse ser favorável — oh, horror! — ao “bilateralismo”.

Por isso é que não aconselho NINGUÉM a meter-se nesses assuntos de Nova Ordem Mundial sem antes ter uma sólida e extensa cultura histórica, política e filosófica.

Aos interessados, informo:

1) “Bilateralismo” é o oposto nacionalista do globalismo. Em vez de submeter-se a um poder mundial que regula tudo e força todo mundo a submeter-se a acordos MULTILATERAIS, a nação independente faz acordos BILATERAIS com outras nações conforme seu interesse mútuo, sem dar satisfações a poder global nenhum. Bilateralismo é a posição do Trump, dp Nigel Farage e de todos os nacionalistas. Em vez de mostrar subserviência, o Bolsonaro precisou é de muita coragem para ir ao CFR e declarar-se um adepto do bilateralismo.

2) Nos EUA até as crianças de escola sabem que o CFR é o portal que todo mundo tem de atravessar se quiser subir na política. Um político do Terceiro Mundo que quisesse obter alguma audiência na classe dirigente americana e se omitisse de fazer uma visita ao CFR provaria apenas ser um amador, um coitado. O Bolsonaro não é.

Do ‘Diário Filosófico’.
Arquivo MSM. Publicado em 15/02/2018.

 

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