Metem medo
Por Pedro Henrique Medeiros.
Algumas pessoas reclamam da quantidade de tempo, energia e de postagens que dedico ao político Jair Messias Bolsonaro e ao filósofo Olavo de Carvalho, sobre a questão dos liberais que vivem atacando-os, seja de forma velada, dissimulada, vil e, em alguns casos, de maneira explícita.
A esquerda socialista sempre fez isso, mas, aqui no Brasil, Bolsonaro representa, atualmente, uma grande ameaça:
– Ao ‘establishment’ esquerdista (estamento burocrático, conceito de Raymundo Faoro. No Brasil, dominado pelas entidades supranacionais Foro de São Paulo e Diálogo InterAmericano);
– À ‘Estratégia das Tesouras’ (com sua formulação atribuída ao Lênin, baseada na Dialética de Hegel, em que a esquerda cria a sua própria ‘direita’, alternando no poder indefinidamente);
– Ao ‘Pacto de Princeton’ (acordo firmado por Lula e FHC em 1993, na universidade de Princeton, nova Jersey – EUA, descoberto e documentado pelo dr. José Carlos Graça Wagner, em que PT e PSDB alternariam no poder).
A facção liberal no Brasil sempre fez campanha para os candidatos do PSDB (FHC, Serra, Alckimin, Aécio e agora Dória), sempre blindou os sociais democratas e sempre abafou o surgimento de qualquer alternativa verdadeiramente de direita (conservadora e patriota) nas disputas eleitorais. Entendem agora o motivo dos liberais brasileiros serem de esquerda, apesar de serem a favor do livre mercado, coisa que até Karl Marx era?
Liberais brasileiros são de esquerda porque são a favor de toda a agenda social e cultural da esquerda globalista que vem do Foro de São Paulo e do Diálogo InterAmericano. Por isso que os adolescentes do MBL e os nossos ‘analistas políticos’ como Rodrigo Constantino, Alexandre Borges, Carlos Andreazza e Leandro Narloch são um embuste liberal e não podem ser chamados de direita, muito menos de conservadores.
Sim, o fenômeno Bolsonaro é fruto do trabalho do professor Olavo de Carvalho.
Outras pessoas reclamaram quando eu subi o tom em meus textos e apelei recentemente, em uma postagem, valendo-me de palavrões. Não entenderam que isso foi necessário para que as pessoas acordassem diante da grave ameaça que os eleitores dos Bolsonaros estavam sofrendo e não recebiam qualquer atenção e ajuda dos Bolsonaros para blindar e revidar os ataques dos ditos liberais.
Depois de uma forte campanha nas redes sociais, em que várias pessoas passaram a cobrar dos Bolsonaros uma postura mais enérgica em relação aos ataques dos liberais, o Eduardo Bolsonaro fez um vídeo em que revida frontalmente o ataque vil e dissimulado do Rodrigo Constantino. Constantino comparou Jair Messias Bolsonaro com Adolf Hitler e os alunos do colégio militar do Manaus à Juventude Hitlerista. Rodrigo fez essa equiparação de forma dissimulada, como se estivesse ajudando o Bolsonaro, mas ficou nítida a sua intenção. O liberal Paulo Figueiredo, amigo pessoal do Constantino, partiu em defesa de seu parceiro e levou uma surra nos comentários do vídeo do Eduardo.
Eduardo ouviu seus eleitores e dissecou a estratégia. Foi uma boa resposta, mas não é o bastante. Constantino seguiu se vitimizando em seu perfil pessoal e em suas colunas em portais, como a Gazeta do Povo. Rodrigo mudou a estratégia, dizendo agora que a única intenção dele é evitar que as pessoas ‘venerem políticos’ e que não sejam vítimas de “gurus” – termo que Constantino usa desde os tempos do Orkut para se referir ao Olavo de Carvalho, chamando aos seus alunos e defensores de ‘membros de seita’ e ‘seguidores radicais e fanáticos’. Nada de novo no front. A única pessoa, pelo visto, que pode e deve ser venerada, que pode ser um guru e que pode ter uma seita de seguidores radicais e fanáticos é o próprio Constantino. Se o carinho e o apoio é voltado para outras pessoas, daí é fascismo e nazismo, né?
Já faz algum tempo que tento rastrear e explicar a estratégia dos liberais que buscam, a todo o momento, atacar ao Jair Bolsonaro e ao professor Olavo de Carvalho. Algumas dessas táticas foram colhidas diretamente dos estrategistas da extrema-esquerda e sofreram um ‘upgrade’ quando utilizadas pelos liberais. Por ainda serem considerados como se fossem “de direita” por uma enorme parcela da população desinformada, os liberais gozam do prestígio e confiança que conquistaram quando eram a única alternativa aos socialistas e à esquerda.
Tendo contextualizado os papéis de Olavo de Carvalho e Jair Messias Bolsonaro no cenário cultural e político brasileiro, além de apontar as ações e reações desempenhadas pelos ditos liberais dentro desse quadro geral. Agora, tentarei explicar algumas das principais táticas e estratégias utilizadas pelos liberais em sua mais recente batalha contra os conservadores e patriotas, representados pela grande população brasileira que estava carente de argumentos filosóficos para se defender da hegemonia cultural esquerdista e que não possuía políticos que representassem os anseios e valores do povão no Governo.
A lista de estratégias usadas pelos liberais contra a família Bolsonaro e seus eleitores — e, por tabela, contra o professor Olavo de Carvalho e seus seguidores – é a seguinte:
– ‘Ad hominem’ (rotulação e adjetivação): Do latim, argumento contra a pessoa. Uma falácia argumentativa da dialética erística que foi tema de estudo de Arthur Schopenhauer (o livro sobre o assunto, em português, conta com prefácio e notas por Olavo de Carvalho). Muitos liberais têm criado uma série de rótulos infamantes para se referir aos seus inimigos conservadores. Olavo de Carvalho foi chamado de ‘Guru de Seita’ e de ‘Astrólogo Embusteiro’ pelo Rodrigo Constantino, e agora o mesmo Rodrigo tenta forçar uma associação entre Jair Bolsonaro com Adolf Hitler e entre os jovens que apóiam o deputado federal com a Juventude Hitlerista. Os liberais também tentaram emplacar, de forma pejorativa, os apelidos ‘olavete’ e ‘bolsonominion’ para ridicularizar os seguidores do Olavo e do Bolsonaro, mas o tiro saiu pela culatra, porque as pessoas aceitaram os apelidos e passaram a utilizá-los de bom grado, neutralizando o ataque. Esse tipo de ataque tem com objetivo desmoralizar o oponente, impedindo, antecipadamente, que seus argumentos sejam analisados e debatidos.
– ‘Character Assassination’ (ou Assassinato de Reputações): Na versão em inglês, essa estratégia foi estudada por Eric Shiraev e Martin Icks, e exposta no livro “Character Assassination Throughout the Ages” (sem tradução para o português). Consiste em utilizar uma rede de estruturas e organizações para tornar a vida do inimigo e sua subsistência um inferno na Terra. Como descreveu Tuma Jr. em seu livro que leva o nome da estratégia em portuguê, a burocracia do Estado e a mentira espalhada pela mídia com ajuda de intelectuais orgânicos e uma massa de militantes teleguiados acabam por levar o inimigo ao completo descrédito e esgotamento. Os liberais estão fazendo isso com Bolsonaro explicitamente através de seus ‘analistas’ políticos e militantes ideológicos e com Olavo de Carvalho de maneira dissimulada.
– ‘Spiral of Silence’ (Espiral do Silêncio): Teoria da Ciência Política proposta em 1977 pela cientista alemã Elisabeth Noelle-Neumann no livro “Spiral of Silence: Public Opinion – Our Social Skin” (com recente tradução para o português pela Editora Estudo Nacionais e ainda em campanha de crowdfunding – ajudem!), essa teoria propõe que seja possível controlar a opinião pública tornando uma idéia dominante em um pária, de modo que adeptos e defensores da idéia se sintam ameaçados e isolados ao defenderem-na em público. Usando o ad hominem, as falsas analogias e falsas associações, os liberais fazem com que as pessoas comuns tenham vergonha de assumir seus valores morais e éticos conservadores e seu apoio às pessoas que os representam no meio cultural e político, nas pessoas do Olavo de Carvalho e do Jair Bolsonaro.
– “Window of Overton” (Janela de Overton): Termo de Joseph P. Overton que visa mudar gradualmente a opinião pública, mudando idéias e pessoas de posição e classificação, de bom pra ruim, de certo para errado, de aceitável para inaceitável, ou vice-versa. Ele defende que essa mudança pode ser feita de modo intencional por um número pequeno de pensadores e influenciadores. Os liberais estão movendo Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho e seus respectivos seguidores para a extrema-direita do espectro político, com a intenção de associá-los aos extremismos e radicalismo (que, como dizem, são sempre ‘perigosos’). Depois disso feito, os liberais podem apresentar um Pondé e um Doria como verdadeiros representantes da direita que não é radical nem extrema. O problema é que Olavo, prevendo isso, difundiu de forma fundamentada, com antecedência, que o nazismo e o fascismo são ideologias de esquerda, e os próprios liberais concordaram. Agora os liberais lamentam que não podem fazer a associação de Bolsonaro com Hitler, apesar de tentarem a todo custo, forçando o fato de Bolsonaro ser militar.
Para concluir: não deixem que mais um candidato social-democrata saído direto dos laboratórios da ONU (a.k.a. João Doria) seja vendido para vocês como o representante da verdadeira direita e do conservadorismo brasileiro.
Pedro Henrique Medeiros é aluno de Olavo de Carvalho no Seminário de Filosofia.
Publicado em 17 de agosto de 2017.