23 notas sobre Jair Bolsonaro
Por Olavo de Carvalho.
(Selecionadas e organizadas por Pedro Henrique Medeiros.)
1- Objetivamente, o Jair Bolsonaro é o único político de direita que tem chance de eleger-se presidente em 2018. Boicotá-lo, sob qualquer pretexto que seja, não é ‘dividir’ a direita: é matá-la no berço.
2- Só pessoas totalmente lesadas das faculdades mentais não entendem que a segurança vem antes da economia. Isso inclui toda a classe política brasileira, com exceção do Bolsonaro. Eis por que vou votar nele e aos outros não darei sequer um minuto de atenção.
3- Mostrem-me UM político — de direita ou de esquerda — que em todas as cidades seja recebido com o entusiasmo e o carinho que cercam o Jair Bolsonaro, e admitirei que estou errado.
4- A recepção entusiástica dada ao deputado Jair Bolsonaro por onde quer que ele passe mostra que, se a presente geração tem uma missão histórica, é a de realizar, sem extinguir uma só instituição democrática, o que os militares de 1964, extinguindo várias, não fizeram: extirpar o comunismo da vida política nacional, integralmente e para sempre.
5- Podem dizer o que queiram do Bolsonaro, mas alguém duvida de que, para os trabalhadores, ele seria um presidente melhor do que FHC, Lula e Dilma?
6- Se o Olavo de Carvalho chegou, num certo momento, a condensar simbolicamente o espírito da revolta popular, é natural e compreensível que os interessados em abortar esta última e transformá-la em outra coisa se assanhem em destruir esse símbolo tanto quanto a encarnação propriamente política do movimento, isto é, a candidatura Jair Bolsonaro.
7- Até que o deputado Bolsonaro tome a iniciativa de me decepcionar em alguma coisa, o que ele não fez e espero que não faça, continuarei a vê-lo como o ÚNICO líder popular que representa as aspirações dos memoráveis protestos de Março de 2015.
8- Nenhum problema dura para sempre, mas alguns duram mais que a gente. Se um lado está dispostos a votar, é o outro a matar ou morrer, adivinhem quem vence. Por isso, antes de votar no Bolsonaro, avalie o quanto está disposto a arriscar para mantê-lo no cargo.
9- Já avisei e repito: Declaro-me eleitor do Bolsonaro enquanto estiver seguro de que ele não tem rabo preso com nenhum esquema globalista. Se descobrir que tem algum, voto em branco.
10- Vou votar no Bolsonaro porque acho que essa é a minha obrigação, não porque acredite que isso vá mudar alguma coisa. Toda política eleitoral, nas presentes condições, segue o lema do Montherlant: “Service inutile.”
11- Nenhuma direita será possível no Brasil sem derrubar o mito da “luta contra a ditadura”. Antes bolsonarette do que arruinaldette.
12- Nunca fui cabo eleitoral do Bolsonaro, mas, depois da entrevista dele com o Marco Antonio Vil, aceito, a título de merecida reparação moral, até serviço de homem-sanduíche, espremido entre duas placas: VOTE EM BOLSONARO.
13- Mesmo considerando que o Bolsonaro é incomparavalmente mais culto do que o Lula (ninguém chega a capitão sem ter cursado escola militar), admitamos a premissa vulgar de que ele não tem cultura. Segue-se inevitavelmente a pergunta: Se a esquerda tem o direito de elegar um presidente inculto e ainda considerar isso um mérito, por que a direita não pode fazer o mesmo? Negá-lo é submeter-se à guerra assimétrica.
14- Desistam, fofoqueiros e intrigantes. Não só vou votar no Bolsonaro, como vou trazer para ele mais votos do que vocês, sem fazer um só minuto de propaganda e sem pedir nem aceitar nenhum carguinho em troca.
15- Quantas vezes preciso avisar que o meu voto vai para o Bolsonaro?
16- Aviso, para os devidos fins, que pretendo votar em Jair Bolsonaro para a Presidência da Pepública e acho que todos os brasileiros deveriam fazer o mesmo, mas isso não é motivo para eu adotar uma retórica de cabo eleitoral e, a pretexto de eleger um presidente, contribuir para estragar a língua portuguesa mais um pouco.
17- O que mais admiro no Bolsonaro é a humildade com que ele busca o aprendizado. Com um por cento disso o Lula não teria sido o bosta que foi.
18- “Unidade da direita” é apoiar o Jair Bolsonaro. O resto é carreirismo porco.
19- Repito: “Unidade da direita” é apoiar o Jair Bolsonaro. O resto é carreirismo porco.
20- O Bolsonaro é o único político brasileiro que não apenas não roubou nada, mas não tem sequer amigo ladrão.
21- Nossos liberais são tão idiotas que bastou o deputado Bolsonaro falar em “Estado cristão” — aliás num sentido vago e não como proposta política formal — para que alguns deles já saíssem gritando “Fascismo!”. Como se fosse concebível um Estado fascista que aceitasse uma autoridade acima dele próprio.
22- Pensem o que bem desejem do Jair Bolsonaro, mas contestem, se puderam, as seguintes afirmações;
1 – Ele é um dos RARÍSSIMOS políticos que jamais se envolveram em qualquer esquema de corrupção.
2 – Ele é o ÚNICO presidenciável que dá mais ênfase à segurança pública do que à economia, isto é, o único que tem senso das proporções no julgamento das urgências nacionais.
3 – Ele é o ÚNICO presidenciável que jamais cortejou a elite esquerdista hegemônica, muito menos a mídia.
4 – Ele é o ÚNICO presidenciável que não modera o seu discurso pelos cânones da etiqueta esquerdista.
Provem que algum outro candidato tem essas qualidades, e talvez eu o considere um concorrente à altura do Bolsonaro.
23- Perguntam-me o que penso do deputado Jair Bolsonaro.
Quando eu era pequeno, meu pai fazia comigo a seguinte gozação:
— Pai, em quem você vai votar para presidente?
— Adhemar de Barros.
— E para governador?
— Adhemar de Barros.
— E para deputado?
— Adhemar de Barros.
E assim por diante.
Pois eu, sem gozação nenhuma, digo que votaria em Jair Bolsonaro para todos os cargos. Há muitos homens valentes neste país, mas ele é o mais valente de todos. Posso discordar dele num ou noutro ponto, mas tenho a certeza de que é um homem honrado e nunca decepcionará seus eleitores.
Arquivo MSM. Publicado no ‘Diário Filosófico’ em 20 de fevereiro de 2018.